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Manifestantes que depredaram a Câmara são levados para presídio
Por Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
07/06/2006 | 22:28
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Um pavilhão recém-inaugurado do Presídio da Papuda, o PDF-2, já abriga os mais de 500 manifestantes do MSLT (Movimento de Libertação dos Sem Terra) detidos após a invasão, nesta quarta, do prédio da Câmara dos Deputados.

 O secretário de Segurança do Distrito Federal, general Athos Costa de Faria, informou que os manifestantes não estão misturados aos presos comuns, mas foram separados em alas masculina e feminina no local, que ainda estava vazio. Os 12 detidos e classificados como líderes do movimento também estão separados dos demais. De acordo com o secretário, "para evitar que possam insuflar uma rebelião".

Os integrantes do movimento foram presos por envolvimento nos atos de vandalismo contra a Câmara dos Deputados, em Brasília. Eles foram submetidos nesta quarta a exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal). Em seguida, todos foram transferidos para o Complexo Penitenciária da Papuda, em ônibus da Polícia Militar. 

Todos os manifestantes detidos passaram a madrugada desta quarta-feira prestando depoimento à polícia num ginásio de Brasília. Apenas os acusados de comandar a invasão da Câmara foram ouvidos separadamente, na 2ª Delegacia de Polícia Civil. Eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha, dano ao bem público e corrupção de menores. Três deles também foram indiciados por tentativa de homicídio contra o servidor da Câmara Normando Fernandes, que teve afundamento de crânio e permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Santa Lúcia. 

As crianças e adolescentes também foram separadas dos manifestantes. Mais de 40 menores passaram a madrugada na Delegacia da Criança e do Adolescente, da Polícia Civil, e durante a manhã foram transferidos para um acampamento do MLST na cidade de Taquatinga, próxima a Brasília.

Vandalismo – O quebra-quebra protagonizado pelo Movimento pela Libertação dos Sem Terra aconteceu por volta das 15h de terça-feira na entrada da Câmara. Armados com foices, pedras e pedaços de madeira, os manifestantes invadiram o local e destruíram portas de vidro, terminais de computadores e até mesmo um carro zero quilômetro que seria sorteado num bingo.

Os responsáveis pelos atos de vandalismo argumentaram que a violência foi uma resposta à repressão policial que teriam sofrido na chegada ao Congresso. Segundo o líder do MLST, Bruno Maranhão, o grupo foi a Brasília para entregar uma carta de reivindicações aos presidentes da Câmara e do Senado. "Era um movimento pacífico, mas a polícia nos agrediu. Tivemos que reagir", argumentou.



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