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Tudo sobre 'Celebridade', a nova novela da oito
Patrícia Vilani
Enviada do Diário ao Rio
11/10/2003 | 18:39
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Foram dois anos para sair do papel. E finalmente Celebridade, que marca a volta das tramas de Gilberto Braga ao horário nobre, estréia nesta segunda na TV Globo com a difícil missão de substituir Mulheres Apaixonadas, a assistida e comentada novela de Manoel Carlos que mantinha 52 pontos de média no ibope. O autor reedita a parceria com o diretor Dennis Carvalho, dupla que já fez história na teledramaturgia nacional com Vale Tudo, em 1988.

Braga e Carvalho, no entanto, têm suas cartas na manga para atrair a audiência. Uma delas é Malu Mader, que fará a protagonista Maria Clara Diniz, uma empresária musical que desfilará charme e despertará inveja de outros personagens. “Eu me sinto protegida de trabalhar com amigos. É uma segurança saber em que terreno eu estou pisando”, diz Malu a respeito do texto de Gilberto Braga e do elenco.

Mas os grandes papéis escritos pelo autor sempre foram os vilões, como aconteceu com a Maria de Fátima de Glória Pires e a Odete Roitman de Beatriz Segall em Vale Tudo. Entra aí a competência de Cláudia Abreu, que fará a maior inimiga de Maria Clara, Laura, uma jovem pobre e ambiciosa que se aproxima da empresária para destruí-la. “Ela é dissimulada e isso para uma atriz é maravilhoso, porque eu tenho a oportunidade de fazer vários personagens em um só”, diz Cláudia. “A Laura é amoral, não tem caráter algum. Com o Marcos, o personagem do Márcio Garcia, ela mostra quem realmente é. Eles mantêm uma estranha relação de pilantragem e sexo”.

Cláudia não está acostumada a fazer vilãs, mas diz que um projeto de Gilberto Braga é “irrecusável”. O mesmo pensa o galã Fábio Assunção, que interpretará o inescrupuloso editor da revista Fama, Renato Mendes. “Mas ele não é o tipo que come criancinhas. Ele apenas prioriza a parte capitalista do processo. O Renato não tem ética nem respeito. É um perigo para a má informação”, diz Assunção.

Como toda novela precisa de um mocinho, a de Celebridade será o produtor de cinema Marcos, papel que coube a Marcos Palmeira. O ator sai em defesa do tema da busca por notícias e do anseio pela fama. “A mídia achar a novela exagerada, mas com certeza haverá alguém que pensa da forma como está sendo exposta. É uma obra de ficção, mas que levantará grandes questionamentos”, afirma.

Dennis Carvalho também considera importante o argumento da novela. “As pessoas perdem as estribeiras hoje em dia para aparecer na TV, como aconteceu com aquela moça que apareceu nua no fim do Big Brother. As personagens de Deborah Secco e Juliana Paes foram inspiradas nessas atitudes. Elas farão de tudo para ficar famosas”, diz. Sobre o texto de Braga, o diretor é só elogios. “O Gilberto tá no auge da carreira dele. Ele voltou a ser o mesmo de Vale Tudo, de O Dono do Mundo. Ele resgatou a crítica bem humorada da sociedade”, afirma.

A jornalista viajou a convite da Rede Globo.




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