Esportes Titulo
Clubes correm atrás da adaptação final ao Estatuto
Por
04/10/2003 | 20:51
Compartilhar notícia


Em maio, os cartolas fizeram muito barulho. Iniciaram até uma greve para boicotar o Estatuto do Torcedor. Passou o tempo, no entanto, e a legislação criada para obrigar clubes e administradores de estádio a tratarem decentemente os torcedores se firmou. É totalmente respeitada? Isso já é outra história. Em todo o país, a maioria das equipes de ponta garante estar apta a atender as determinações.

Dia 15 de novembro vence o prazo final para a implantação das normas consideradas mais complexas. A partir desse dia, portanto, qualquer estádio do país com capacidade superior a 20 mil pessoas terá, obrigatoriamente, de ter sistema de monitoramento do público feito por câmeras (a maior dor de cabeça dos dirigentes), fácil acessibilidade aos portadores de deficiência física ou pessoas com mobilidade reduzida, cadeiras e ingressos numerados... A greve ficou no passado, as reclamações continuam: “Nós (clubes) ficamos com pouco tempo para colocar essas medidas em prática. Sem contar o custo, uma vez que o momento financeiro é muito ruim”, lamentou Norberto Secacci Sobrinho, responsável pelas mudanças do Estádio Brinco de Ouro, do Guarani.

A situação do Guarani ilustra bem as dificuldades dos dirigentes brasileiros. O clube corre contra o tempo para cumprir o prazo legal, mas esbarra na falta de dinheiro. O time de Campinas calcula ter pago R$ 30 mil até agora e prevê gastar em torno de R$ 50 mil a R$ 60 mil para montar o sistema de monitoramento e para instalar as catracas eletrônicas no Brinco de Ouro. Alguns setores da arquibancada ainda estão sem numeração.

Adiantadas – Tanto no Brinco de Ouro quanto no Pacaembu, na capital paulista, as obras estão adiantadas e os dois estádios se reestruturaram para receber os portadores de deficiência física.

A Ponte Preta, o outro time de Campinas, garante já ter cumprido as regras do estatuto (gastou R$ 80 mil). Antes mesmo que o assunto viesse a ser discutido no Congresso Nacional, diversas medidas já vinham sendo adotadas: acomodações adequadas aos torcedores, sanitários em bom estado e divulgação das informações pedidas pelo Estatuto para auxiliar as torcidas, pelo site oficial da Ponte e por meio da mídia local.

No Anacleto Campanella, do São Caetano, falta apenas a instalação das catracas eletrônicas, já compradas. Na Vila Belmiro, do Santos, existem as tais catracas e até as câmeras de monitoramento. Falta, porém, a numeração das cadeiras.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;