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Indústria do plástico passará por raio X
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
11/08/2007 | 07:09
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Um raio X na indústria do plástico do Grande ABC: esse é o objetivo dos coordenadores do projeto APL (Arranjo Produtivo Local) do segmento na região, que inicia na próxima semana um levantamento dos pontos fortes e fracos da atividade em termos de gestão financeira, processos produtivos, marketing e vendas.

O projeto APL, que tem o apoio de diversas instituições e empresas (Fiesp, Banco Mundial, Sebrae, Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e Suzano Petroquímica), foi criado para estimular as pequenas empresas do ramo a desenvolverem ações de forma cooperada.

A intenção é que essas fabricantes reduzam custos e modernizem seus processos de produção e a gestão dos negócios, para ganhar competitividade no mercado.

O levantamento será mais um passo nesse sentido. Orçado em R$ 150.000, será feito em parceria com a Unifei, o Senai e a consultoria Ganzelevitch & Vargas, e vai envolver a visita gratuita de técnicos e consultores a 40 pequenos fabricantes, que compõem o grupo piloto do projeto.

Com os diagnósticos em mãos, a coordenação do projeto pretende realizar consultorias e cursos para suprir as deficiências das empresas – não só para o grupo piloto mas também para outras indústrias do setor na região.

Central de compras - Além dos cursos e consultorias, está nos planos dos participantes a montagem de uma central para a compra conjunta de matérias-primas. Ao reunir pedidos em comum, os pequenos fabricantes esperam aumentar o poder de negociação junto aos fornecedores.

Empresários que integram o programa estão animados com as possibilidades. “O grupo está consciente da necessidade de integração. Sem isso, não será possível fazermos uma central de compras”, afirma o diretor da Blitz Projetos Especiais, Klaus Dieter Schnur.

Potencial - Diversas indústrias do Pólo Petroquímico de Capuava – que produzem matéria-prima para fabricação de peças de plástico – devem concluir planos de expansão em 2008, o que pode gerar 15 mil empregos nas pequenas fabricantes.

“A expansão do Pólo é um fator importante mas não suficiente”, avalia o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento, Fausto Cestari. Isso, devido à dificuldade de acesso direto (sem intermediários) das pequenas indústrias à matéria-primas.

Para Cestari, o projeto de APL é estratégico, já que as pequenas indútrias podem se organizar para melhorar a competitividade. O Grande ABC já reúne mais de 650 empresas que produzem embalagens e peças com o material e que empregam ao todo cerca 14 mil pessoas.




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