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Multinacionais de olho no Grande ABC
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/10/2010 | 07:49
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Grandes multinacionais de TI (tecnologia de informação) olham com especial interesse o Grande ABC, pelo potencial de negócios que a região desperta.É o caso da IBM Brasil, que escolheu neste ano Santo André para fazer parte do projeto de expansão regional da companhia.

A líder de expansão regional da empresa, Priscilla Beseggio, explica que há dois anos o grupo mundial resolveu dividir suas operações em países maduros e a dos emergentes. Nesse segundo bloco, cuja sede fica em Xangai (na China), se detectou que havia potencial fora dos grandes centros.

E neste ano, foram escolhidas 20 cidades no País, para estimular a oferta de produtos e serviços e fomentar as economias locais. Em São Paulo, além da cidade da região, outra escolhida foi Guarulhos. Priscilla cita que o projeto significa ter equipes focadas em desenvolver parcerias com o "ecossistema" local, ou seja com universidades da região, ou associações de TI (tecnologia de informação), por exemplo

Parque tecnológico - Questionada se o plano incluir a participação no parque tecnológico em gestação pela Prefeitura de Santo André, a executiva diz que oportunidades de negócios como essa devem ser aproveitadas pela companhia. "Buscamos conhecer melhor as peculiaridades da região para levar soluções que o mercado tenha carência", afirma.

Por enquanto, a empresa não cogita abrir escritório em Santo André, por causa da proximidade com São Paulo, onde a IBM Brasil tem sede. "Mas essa é a tendência, quando crescer o volume (de atendimentos)", observa.

Intel - Maior fabricante mundial de chips de computador, a Intel também considera o Grande ABC importante em sua estratégia de crescimento. Dentro de seu programa de canais (revendedores ou integradores) associados, a região representa 11% dos resultados da empresa no Brasil.

A gerente de marketing da companhia, Vanessa Martins, cita ainda que dentro desse programa, o crescimento de vendas, neste ano é de 30% em relação a 2009. Além disso, pesquisa recente encomendada pela Intel apontou otimismo no setor: 86% dos revendedores da marca apostam no aumento das vendas e da lucratividade de suas empresas.

Dispositivos de rastreamento de carros têm vendas em alta
Uma área da tecnologia de informação que vem em ascensão no País são os equipamentos e softwares para rastreamento e monitoramento de veículos. Esse mercado deve ganhar ainda mais impulso a partir de dezembro, quando entrará em vigor a norma do Contran (Conselho Nacional do Trânsito) que exige que os carros saiam de fábrica com rastreadores instalados.

Alexandre Cifarelli, gerente de marketing da Zatix (que detém as marcas Graber e Omni Link), afirma que a previsão da companhia neste ano é crescer em vendas cerca de 20% em relação a 2009, para alcançar R$ 250 milhões de faturamento anual.

A empresa já é uma das líderes do mercado no País, com atuação tanto para serviços para pessoa física (por meio da Graber) quanto para o transporte de carga (com a Omni), e oferece sistemas que permitem, por exemplo, visualizar a posição do veículo pela internet ou pelo Iphone.

No entanto, o mercado de rastreamento ainda é novo no Brasil. "Vem crescendo 20% ao ano, mas, de uma frota de 50 milhões de veículos no País, a participação do setor é de apenas 3%", diz Cifarelli.

Região - Por meio dos sistemas Omni, a Zatix tem grandes clientes no Grande ABC, entre os quais as transportadoras Ajofer, Grecco e Transultra.Além disso, tem parceria com a MAN (detentora da marca Volkswagen Caminhões), que produz o modelo Constellation com rastreador de fábrica, que faz a telemetria (medição à distância) do desempenho do veículo.

A nova legislação, que determina a obrigatoriedade do dispositivo antifurto nos carros, também traz perspectivas promissoras de negócios na região. "Temos trabalhado em projetos em parceria com a maioria das montadoras", diz o executivo.




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