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Desenvolvimento econômico x cidades
Do Diário do Grande ABC
31/05/2019 | 12:05
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Desenvolvimento econômico. Duas palavras presentes ‘no papel’ em grande parte dos programas de governo pelo Brasil afora. Mas, o que de fato os comandos municipais, sobretudo os do Grande ABC, têm feito (ou deveriam fazer) para promover esse desenvolvimento, gerar empregos e renda e, consequentemente, aumentar as suas arrecadações? Li com bastante inquietação o levantamento feito pelo jornalista Daniel Lima em março deste ano, no qual mostra o pífio desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) da região em período de 16 anos (entre 1999 e 2016). Enquanto a média de crescimento do PIB nacional foi de 2,74% ao ano, o registrado nas cidades do Grande ABC foi de míseros 0,25%. Em números absolutos, a região teria deixado de arrecadar nesse período em torno de R$ 32,5 bilhões. 

Talvez, o principal problema que assombra as famílias brasileiras na atualidade seja o desemprego, que atinge 12,4% da população (13,1 milhões de pessoas). No Grande ABC, porém, o quadro é ainda pior: 18% (quase 500 mil pessoas) estão desempregadas, o dobro do registrado em 2011, por exemplo, quando esse índice era de 8%.

Alguns fatores já conhecidos foram (e continuam sendo) fundamentais para potencializar essa problemática, como a automação industrial, a demora dos governos em viabilizar melhores infraestruturas logísticas, melhores ambientes de negócios que outras praças passaram a oferecer e a indisponibilidade de terrenos para expansão industrial (os existentes estão a serviço do mercado imobiliário). Porém, há outros fatores igualmente consideráveis, como o erro dos nossos gestores de não dar a devida atenção à necessidade de fomentar a diversificação e a sofisticação da estrutura produtiva, bem como o desenvolvimento de outros setores estratégicos para a economia local, como tecnologia, por exemplo. Haja vista o que ocorreu com Pittsburg, cidade norte-americana da Pensilvânia, parte do Cinturão da Ferrugem, que tinha economia voltada essencialmente para a metalurgia e que, após o processo de desindustrialização, se reinventou e agora vive boom de tecnologia, principalmente na área da medicina.

Esse descompasso entre os anseios da população e as ações que o poder público desenvolve nos transmite a sensação de estarmos assistindo inertes ao agravamento dos problemas. Se é que não estamos! A falta de disponibilidade para ouvir a sociedade é erro crasso. O poder público municipal precisa ser arena de debates. O Consórcio Intermunicipal precisa ser novamente espaço que congregue não só gestores e políticos, mas integrantes da sociedade civil, associações comerciais, sindicatos e universidades para voltar a ser poderoso instrumento de fomento ao desenvolvimento regional.

Eduardo Leite é vereador pelo PT de Santo André.

Metrô

João Doria aparentemente não está mesmo disposto a contribuir com desenvolvimento econômico e mobilidade do nosso Grande ABC. Elogia e libera obras de ampliação do monotrilho na Linha 15, rasgando elogios aos benefícios que trará (Política, dia 28). Porém, quando se fala na Linha 18 o discurso é outro. Dizer que não vai aceitar pressão política, apenas vai levar em consideração posicionamentos técnicos, é inútil! Primeiro que o senhor, goste ou não, é político, e, do mesmo jeito que faz pressão, as sofre. Segundo que tecnicamente já foi comprovado que o projeto é viável, face já ter sido licitado e com contrato assinado pelo ex-governador Alckmin. Se de fato não trouxer o monotrilho para a região, deixe o projeto engavetado, pois assim teremos a esperança de em 2022 escolhermos governador com capacidade de olhar para o Grande ABC como ele merece, com olhar de futuro e de desenvolvimento, até porque, todos sabem que o que o senhor quer é ser candidato a presidente em 2022. Mas, lembre-se, estamos de olho!

Thiago Scarabelli Sangregorio

São Bernardo

Linda juventude!

Jovens dando plantão desde fevereiro em frente ao estádio do Palmeiras, para ver o show da banda BTS. São os mesmos jovens que não vão às ruas gritar por segurança, saúde, habitação etc. Que também reclama que não tem tempo para nada. Que sua vida é corrida demais. São essas pessoas que vão usar alguns serviços e reclamam que foi atendida cinco minutos após o horário marcado. No Enem não vejo ninguém acampado para garantir, para não chegar atrasado. Nossa linda juventude! Páginas de um livro!

Vanderlei Cândido

Capital

Preso e recebendo

O que se pode deduzir na excelente reportagem de Júnior Carvalho e Raphael Rocha sobre o ex-prefeito de Mauá Atila Jacomussi quitar seu próprio salário é que o dinheiro do contribuinte foi usurpado dos cofres públicos por pessoa que não trabalhou (Política, dia 26). Ou seja, o município teve dois chefes do Executivo, ganhando R$ 18.576,09 mensais cada, sendo que um deles se encontrava trancafiado em cela da Polícia Federal e depois removido para presídio no Interior do Estado. Fica aqui pergunta para os representantes do Ministério Público: isso vai passar pelo esquecimento? Ou o ex-prisioneiro Atila será obrigado a devolver, aos cofres públicos, a quantia de R$ 47,6 mil que se apoderou vergonhosamente com o auxílio de alguns assessores?

Arlindo Ligeirinho Ribeiro

Diadema

Monitoramento

Enquanto Santo André gastou R$ 10 milhões para monitoramento na cidade, São Caetano, com projeto de segurança máxima, gastará mais que o dobro, quase R$ 25 milhões! Não sou contra a segurança, mas esse dinheiro poderia ser usado em outras coisas, como, por exemplo, em acordo com a Caixa, liberar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aos moradores de prédios do bairro Fundação, que perderam tudo nas enchentes de março e até hoje não receberam o dinheiro. Vergonha!

Fernando Zucatelli

São Caetano

Centrão

Câmara proíbe a expressão ‘Centrão’ nas publicações e divulgações da casa. Concordo com a decisão dessa imaculada instituição. Acho que ‘quadrilha’ fica bem melhor para expressar os integrantes. Em 1989 votei para presidente da República em Fernando Collor e, agora, em 2018, em Jair Bolsonaro. Ambos começaram suas gestões cometendo o mesmo erro fatal: não fechar o Congresso Nacional.

Moyses Cheid Junior

São Bernardo

Jardim Oratório

Nós, moradores da Travessa Itaparica, do 160 ao 200, Jardim Oratório, em Mauá, estamos ouvindo dizer que a Prefeitura tem ordem de nos tirar de onde moramos há mais de 15 anos. A maioria das casas é de alvenaria. Temos esgoto, pagamos energia elétrica, água e até a taxa de lixo. Fizeram-nos gastar na esperança de que tudo seria legalizado, mas, agora, o Paço vem com a proposta de bolsa aluguel. A Prefeitura mal cumpriu com antigos moradores, que esperam há mais de nove anos por moradia, e quer colocar mais pessoas na fila de espera? Ao invés de fazer murro de arrimoou alguma obra para melhorar o lugar, quer tirar mais moradores para colocar sei lá onde, com anos de espera? Querem ver mais gente sem teto? Absurdo! 

Adriana Lima

Mauá

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