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Paço faz testes para viabilizar plano de turismo industrial

Tendo pleito para poder se adequar às normas do MIT, governo tucano sonda parcerias com fábricas

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
31/03/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 A Prefeitura de Santo André, chefiada por Paulo Serra (PSDB), colocou em teste novo projeto de turismo industrial, que tem como objetivo receber interessados em visitar grandes empresas da cidade que abrirem as suas portas. A iniciativa foi publicada em edital de chamamento, visando reforçar leque de alternativas. O plano é promover o município dentro desta vertente e essas fábricas envolvidas.

O governo tucano irá assinar amanhã primeiro termo de parceria com empresas interessadas em participar do projeto de turismo industrial. São Bernardo adota modelo semelhante, situação, inclusive, que credenciou a cidade vizinha a obter certificado de MIT (Município de Interesse Turístico). Apesar de não ter vinculação direta, a medida pode contribuir para que Santo André possa brigar pelo título, já pleiteado junto ao governo do Estado no ano passado. Antes de entrar na disputa, o Paço encaminhou plano diretor de turismo para a Câmara, e registrou aval dos vereadores, na ocasião.

Mesmo diante do requerimento, Santo André não foi contemplada na lista dos 140 municípios que receberam a denominação de MIT. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), compareceu no evento de entrega do diploma para 43 cidades, no último dia 20, realizado no próprio Palácio dos Bandeirantes. Entre as agraciadas, São Bernardo foi a única do Grande ABC a assegurar o título. Como MIT, a cidade terá aporte anual de R$ 700 mil para investir em projetos voltados ao turismo.

Apesar de formalizar o pontapé inicial com a fase de testes em torno do turismo industrial, Santo André tem Paranapiacaba como grande polo turístico. A vila inglesa é um dos principais atrativos municipais, angariando boa parte dos investimentos da área.

Segundo a administração tucana, o objetivo do projeto não vislumbra a geração de empregos, pois as empresas já possuem um programa de visitação com funcionários já contratados e treinados. A Prefeitura acredita, porém, que a cultura de visitação pode ser disseminada e outras empresas que não possuem programa de visitação poderão aderir ao processo, eventualmente, gerando empregos.
Na região, todos municípios pleitearam o título junto ao
governo paulista por meio de articulação realizada pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Estudo firmado pela entidade apontou que, caso as sete cidades fossem aprovadas pelo Palácio dos Bandeirantes, os cofres regionais poderiam conquistar cerca de R$ 8 milhões por ano, que seriam aplicados diretamente no fomento de projetos do setor.

Ribeirão Pires, por sua vez, é a única cidade da região que se enquadra no rol de estâncias turísticas e recebe, por ano, montante aproximado a R$ 4 milhões.




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