A era da cobrança das chamadas telefônicas locais por meio dos pulsos tem os dias contados. A Telefônica iniciou sexta-feira no Estado de São Paulo o processo de mudança da tarifação das chamadas de telefonia fixa para o sistema de minutagem. A primeira região a implementar o novo sistema de cobrança é São José do Rio Preto, no Interior. Em junho chega a vez do Grande ABC.

Todas as operadoras de telefonia fixa do País terão até o meio do ano para realizarem a transferência do sistema de cobrança. Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) – órgão federal que regula o setor –, a mudança atende às solicitações dos próprios consumidores. Os clientes reivindicavam uma forma mais clara de medição da telefonia para, desse modo, ter maior autonomia sobre os gastos.

Agora, o consumidor poderá optar pelo plano de serviços que mais se enquadra ao seu perfil de uso do telefone. O plano básico oferece direito de uso a 200 minutos por mês. O Pasoo (Plano Alternativo de Serviço de Oferta Obrigatória) vai oferecer 400 minutos. Mas, antes de optar por qualquer um dos planos, o consumidor, segundo especialistas, tem de estar atento à quantidade de tempo que efetivamente fica ao telefone.

O professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista) e Faculdade Módulo, especialista em finanças, Marcos Crivelaro recomenda o plano básico para quem costumar falar pouco ao telefone. “Após simulações, constatei que o plano básico é interessante para o assinante que faz chamadas locais de 3 a 5 vezes por dia em ligações de até 1,5 minuto no horário normal. Isso resulta em R$ 40 por mês”, explica.

Para quem realiza de 3 a 6 ligações por dia de até 6 minutos cada no horário normal, o professor indica o Pasoo, no qual o cliente pagará R$ 60. “De toda forma, a única vantagem é o controle sobre a conta porque, na minha avaliação, a tarifa vai ficar mais cara do que é cobrada hoje em pulso”, pondera o especialista Crivelaro.