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Skank renovado e com disco na manga

Após hiato de seis anos, grupo mineiro lança álbum de faixas inéditas

Vinícius Castelli
15/06/2014 | 07:10
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Refrescar as ideias, renovar a energia e, finalmente, juntar tudo num caldeirão de novas poções. E sim, por que não dizer velhas poções também. Passaram-se seis anos desde o último título de estúdio do Skank, 'Estandarte'. Nesse período, os músicos não ficaram parados, lançaram disco ao vivo gravado no Mineirão e fizeram shows grandiosos como o festival Rock In Rio, nos anos de 2011 e 2013.

Agora os mineiros reforçam a discografia com 'Velocia' (Sony Music, R$ 19,90 em média), novo de estúdio, que chega às prateleiras recheado por 11 composições inéditas. Despidos de quaisquer metas que não fossem gravar um novo disco, os músicos entraram em estúdio sem ideias preestabelecidas e deixaram que a música falasse por si.

“Por uma dose de tranquilidade e confiança não fomos ao estúdio com planos. No álbum 'Maquinarama', em 2000, queríamos romper com a velha fórmula da banda, tirar os metais e adicionar guitarras, usar timbragens diferentes. Para esse disco de agora, não. Fomos mais soltos, simplesmente tocar e ver o que sai”, explica ao Diário o cantor e guitarrista Samuel Rosa.

Além de faixas compostas em parceria com Nando Reis, Emicida é convidado especial nas faixas 'Rio Beautiful' e 'Tudo Isso'. Lia Paris e Lucas Silveira também marcam presença.

Samuel conta que considera positivo um certo afastamento das gravações. “É necessário ficar um tempo sem lançar. O risco de um trabalho menos inspirador é maior”, diz, referindo-se ao fato de ter que produzir o tempo todo. “Acho que o tempo precisa passar, as ideias mudam, isso é benéfico. Não é fácil fazer a pessoa sair de casa para comprar um disco hoje em dia”, explica.

Trabalho que teve início na metade de 2013 e rendeu ao grupo cerca de 20 composições para depois serem peneiradas e escolhidas as 11 que ficaram, 'Velocia' quebra preconceitos e traz mistura de elementos sonoros e promove passeio por referências que a banda carrega até o momento.

'Velocia' não deixa de fora o balanço e o suingue, já velhos conhecidos em suas canções. Prova disso está em 'Alexia', faixa que abre a obra e fala de uma das paixões dos músicos, o futebol. A canção fala da atacante do time feminino do Barcelona, da Espanha, que, no fim da Copa de la Reina marcou um belo gol contra o Zaragoza.

A levada reggae também não fica de fora, estampada em 'Multidão'. Assim como um de seus grandes hits, 'Tão Seu', o novo disco tem 'Do Mesmo Jeito', feita para dançar.

Samuel conta que o fato de uma canção remeter ao período de um disco ou outro da banda não tem o menor problema. “Ainda é Skank. O que interessa mesmo é a música ‘bater na gente’, sabe”, diz Samuel.

“As minhas pretensões de unidade vão muito além de dizer que isso é reggae, folk. Acredito na capacidade de conservar uma assinatura, ainda que os caminhos sejam distintos.”




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