Cultura & Lazer Titulo Música
Chico Salles
canta Sérgio Sampaio

Fruto de pesquisa, álbum chega às prateleiras
com 12 releituras feitas pelo cantor paraibano

Por Vinícius Castelli
26/12/2013 | 07:00
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Divulgação


Quando dizem que a música não tem fronteiras pode apostar que é verdade. Caso precise de prova é só escutar a nova empreitada de Chico Salles. O paraibano, cordelista e forrozeiro embarcou numa jornada das boas. O artista resolveu mergulhar em parte da obra do cantor e compositor Sérgio Sampaio (morto em 1994).

Figura que passeou por várias vertentes musicais, Sampaio teve os sambas pincelados por Salles. O resultado está agora nas prateleiras: Sérgio Samba Sampaio por Chico Salles (ZecaPagodiscos, R$ 25 em média).

“A ideia do CD surgiu depois de ouvir novamente os LPs do Sérgio Sampaio, motivado pelo amigo Edmar Oliveira. Descobri a existência de sambas de ótima qualidade em todos os seus LPs. Daí, em conversas continuadas, surgiu a ideia de se fazer um disco só com os sambas do Sampaio”, conta Salles.

Salles acredita que esse tipo de trabalho é importante para manter viva a memória de artistas como Sampaio e diz que se pudesse escolher um próximo artista para regravar seria Rosil Cavalcanti, principal compositor de Jackson do Pandeiro.

O repertório do álbum conta com 12 releituras, trabalho de pesquisa feita pelo músico. Ele conta que no LP Cavernistas encontrou o samba choro Chorinho Inconsequente, gravado por Mirian Batucada. Já Polícia, Bandido, Cachorro e Dentista foi encontrada numa gravação autônoma do próprio Sergio Sampaio. Todas as músicas registradas por Salles ganharam novos arranjos, mérito de Henrique Cazes.

O disco conta com algumas participações especiais. Entre elas estão Zeca Pagodinho, que solta a voz em Polícia, Bandido, Cachorro e Dentista/O Que Pintar Pintou. Já Fagner surge com seu vozeirão grave em Cada Lugar na Sua Coisa. Zeca Baleiro também faz presença e canta em História do Boêmio.

“Ter a participação destes três expoentes da nossa canção foi enormemente gratificante e qualificador para o projeto, pela generosidade e sensibilidade dos três. Para a condução destas participações, convidamos o produtor José Milton, que já estava acompanhando este projeto e que interagiu com a maior competência e simplicidade.”

Salles conta que a experiência de fazer esse disco enriquece muito. “Eu já transito no universo do samba desde que cheguei no Rio de Janeiro, no início dos anos 1970. Nos meus CDs gravados aqui, todos têm dois ou três sambas no repertório”, conta.

    




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