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Visada, Maridite não teme Ficha Limpa

Condenada por concurso público, nome do PSDB em Diadema diz ter segurança jurídica

Raphael Rocha
Marília Montich
21/07/2012 | 07:27
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Candidata à Prefeitura de Diadema pelo PSDB, Maridite Cristovão de Oliveira diz não temer ser enquadrada na Lei da Ficha Limpa por pedido dos partidos aliados ao PT. Ela e o marido, o ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB), são réus em ação civil pública de improbidade administrativa. O casal foi aprovado em concurso público realizado em 1992 para contratação de médicos para o Paço, na época comandado por José Augusto.

“Não tenho receio. Se eu tivesse sido enquadrada, não seria candidata. O que a promotoria pediu foi documentação. Só isso”, explicou Maridite. “Também não tenho receio de que aconteça algo (impugnação) mais para frente. Isso é apenas jogo político dos adversários.”

A prefeiturável era diretora de Saúde de Diadema e, em janeiro de 1992, pediu abertura de concurso para contratação de médicos. Ela indicou o ex-vereador Satossi Kitahara para presidir a comissão julgadora. Maridite ficou na quarta colocação, a mulher de Satossi, Maria Aparecida Mota Weyll Kitahara, foi segunda colocada e José Augusto terminou na 25ª posição. A primeira colocada foi Arabela Fonseca de Oliveira, atual tesoureira do PSDB e aliada do ex-deputado. Todos foram aprovados na seleção e contratados pela administração.

A pedido do atual vice-prefeito, Gilson Menezes (PSB), o Ministério Público iniciou inquérito e solicitou ação no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Os tucanos perderam em duas instâncias. Os advogados de José Augusto e Maridite recorreram da condenação no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ainda não analisou recurso. Os dois tentam justificar o cancelamento da punição por falhas no julgamento da Justiça.

Apesar da possibilidade de ser enquadrada na Lei da Ficha Limpa, Maridite recebeu primeiro aval da Justiça Eleitoral para concorrer ao Parque do Paço. Ontem, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou documentação apresentada pela tucana e deferiu seu registro de candidatura.

 

GILSON

A prefeiturável do PSDB assegurou que seu partido não tem planos de pedir a impugnação de Gilson, candidato a vice na chapa encabeçada pelo prefeito de Diadema, Mário Reali (PT). “Eu sou pela democracia. Todo mundo tem o direito de participar ativamente (do processo eleitoral) para que o povo faça sua avaliação”, disse. “Não vamos pedir a impugnação de ninguém. Nossa preocupação é fazer uma campanha limpa e ética.”

Gilson também corre riscos por condenação por improbidade administrativa em duas instâncias. Em 2000, último ano de seu governo, o socialista deixou dívidas para a gestão seguinte sem recursos em caixa. O TJ-SP, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, condenou Gilson.

Mesmo com o problema, a candidatura de Reali e de Gilson foi aprovada pela Justiça Eleitoral. Além de Maridite e Reali, o TSE ratificou a empreitada de Lauro Michels (PV) e do humorista Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (PMN). Ivanci dos Santos (PSTU) e Vladão Trombini (PCB) ainda aguardam aval eleitoral.




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