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Vereadores de Santo André adotam o ‘deixa prá lá’
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
01/06/2007 | 07:03
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Na primeira sessão da Câmara de Santo André após a suposta “quebra de acordo” por parte da bancada do PSDB, que resultou na rejeição de projeto (plano de mobilidade sustentável) do Executivo que aguardava havia quase um ano para ser votado, os vereadores decidiram colocar um ponto final em algumas questões pendentes na Casa.

Uma delas foi a própria situação gerada com a atitude dos tucanos na sessão da terça-feira passada. “Preferimos não tocar no assunto hoje (quinta-feira). Até porque o clima não era dos melhores e a nossa intenção é manter a harmonia”, explicou o presidente do Legislativo, José Montoro Filho, o Montorinho (PT).

De fato, os vereadores não falaram publicamente a respeito. Apenas se reuniram rapidamente – menos de meia hora – em plenarinho momentos antes do início da audiência pública acerca do projeto de lei de publicidade, que tramita na Casa. O único a fazer um pequeno registro foi o vereador Itamar Fernandes (sem partido). Co-autor do projeto com o tucano Airton Bíscaro que prevê gratuidade de estacionamento na Zona Azul a veículos de deficientes e acabou iniciando todo o problema na semana passada (quando Bíscaro deixou o plenário porque o referido projeto não havia entrado na pauta por falta de parecer), ele ressaltou não ter concordado com a atitude de Bíscaro e votado favoravelmente ao projeto de mobilidade – rejeitado por falta de quórum.

Outra questão encerrada pelo Legislativo diz respeito ao caso da antiga Caixa de Pensões do município, atual Instituto de Previdência. A oposição já havia protocolado – sem sucesso – pedido de acareação entre Dalmir Ribeiro, ex-diretor da autarquia, e Teresa Santos, secretária de Administração. Ribeiro processa Teresa e mais dois secretários por alterações supostamente irregulares em balancetes de 2003 da Caixa de Pensões.

O assunto estava esquecido na Casa. Mas, quinta-feira, inexplicavelmente, a bancada do PSDB, em nome do próprio Bíscaro, decidiu reapresentar o documento. O requerimento, no entanto, foi rejeitado.

Os governistas negam que o resultado tenha sido uma resposta ao PSDB por conta da atitude da bancada na sessão anterior, quando os tucanos se comprometeram a votar o plano de mobilidade com emendas, mas acabaram desistindo na última hora.

“Não há relação alguma entre o ocorrido na terça e o requerimento de hoje (quinta-feira) . Apenas acreditamos que essa questão está superada, não há dívidas pendentes e tudo o que interessava ao município foi esclarecido”, defendeu o petista Antonio Leite.

Líder do PSDB, Paulinho Serra descartou qualquer retaliação. Mas condenou a atitude da maioria. “A Câmara perdeu grande oportunidade de dar satisfação à sociedade sobre um caso que gerou um inquérito e há versões diferentes a respeito”, criticou.




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