Política Titulo Cenário pós-eleição em Santo André
Adversários sinalizam manter oposição contra PSDB

Bruno Daniel alega certa decepção com resultado; já Ailton Lima coloca em xeque apuração das urnas

Fabio Martins
Diário do Grande ABC
22/11/2020 | 23:59
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DGABC


Candidatos ao Paço de Santo André como adversários do prefeito Paulo Serra (PSDB) sinalizam oposição firme durante os próximos quatro anos. Nem todos, contudo, decidiram se irão postular cargo eletivo nos pleitos subsequentes ao resultado da disputa majoritária, que se encerrou no primeiro turno com vitória do tucano com 76,88% dos votos válidos. Nome do Psol, Bruno Daniel frisou “certa decepção” com saldo das urnas, enquanto o ex-vereador Ailton Lima (PSB) falou em candidatura em 2022 e colocou em xeque a clareza da apuração da Justiça Eleitoral.
 

Terceiro colocado no páreo, com 25 mil votos, Bruno alegou que ainda é muito cedo para tomar decisão sobre o futuro político-eleitoral. “Constituímos uma força, inclusive com vereador na Câmara (Ricardo Alvarez), avanço importante. A caminhada foi interessante do ponto de vista de apresentar outra proposta para Santo André, mas em termos de votos (nominais) pequena.” O desempenho de Guilherme Boulos (Psol) na Capital não evadiu as divisas. “Temos projetos políticos diferentes (em relação ao prefeito). Neste prisma, vamos continuar defendendo o nosso projeto. Penso em oposição programática. Seria oposição mais baseada em termos de programa do que qualquer outra coisa”, sustentou.
 

Vereador por dois mandatos, Ailton cravou candidatura a deputado daqui dois anos. “Não tenha dúvida disso. Veremos no futuro se será a estadual ou federal”, alegou. O socialista ficou em quarto lugar ao registrar 17,6 mil sufrágios no pleito (5,09%). “Antes disso, vamos continuar (com posicionamento de) oposição firme, independentemente de partido.” Ailton colocou em dúvida o resultado das urnas, sem apresentar provas, após atraso na divulgação dos números. Segundo o prefeiturável, o saldo se deu de forma “completamente diferentemente” do que havia de sentimento nas ruas. “Não dá para achar que isso que aconteceu foi o real. Não acredito nessa relação de 76% (de Paulo Serra). Considero que muita coisa vai acontecer sobre a apuração (do TSE). Muito ruim a demora, (há dúvida sobre) licitude, a clareza em relação ao resultado.”
 

Segunda colocada com 7,35% – 475 votos a mais que o Psol –, a vereadora Bete Siraque (PT) usou a tribuna da Câmara para dizer que encerra a tarefa de cabeça erguida. Ela é cotada a disputar vaga na Assembleia Legislativa em 2022, mas evitou falar sobre a situação. “Espero que o prefeito eleito possa cumprir missão de cuidar principalmente dos menos favorecidos.”




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