O Brasil inicia hoje a terceira fase do Campeonato Mundial de Vôlei Masculino contra a República Tcheca, às 16h (Brasília), em Roma. Esta etapa conta com 12 equipes divididas em quatro chaves com três times cada. A Seleção faz parte do Grupo R junto com os adversários de hoje e a Alemanha. Se terminar em primeiro lugar, disputará as semifinais no dia 9.

Depois da derrota por 3 sets a 0 para a Bulgária no sábado, a equipe do técnico Bernardinho foi muito criticada por ter, supostamente, perdido o jogo para entrar em um grupo teoricamente mais fácil. A imprensa italiana criticou ferozmente às duas equipes. O Brasil até cancelou o treino de musculação que faria ontem em Ancona e resolveu seguir direto para a capital italiana, onde ficará até a fase final.

A meta agora é retomar a confiança e colocar a cabeça no lugar para seguir na competição. O comandante brasileiro disse que a prioridade era manter as chances de poder utilizar alguns jogadores na próxima etapa. "Viemos de uma fase difícil. Alemanha é um bom time e já nos derrotou no passado. É preciso ter em mente que eu tinha um problema sério no jogo de sábado. Eu tinha apenas um levantador e colocá-lo para jogar poderia comprometer seu ingresso na terceira fase. Eu ainda tenho que recuperar alguns jogadores e espero poder fazer isso no jogo contra os tchecos."

O técnico da República Tcheca, Jan Svboda, respeita a equipe brasileira e sabe que daqui para a frente tudo será mais difícil na competição. "Teremos de enfrentar equipes fortes em jogos importantes. O Brasil, nosso primeiro adversário, joga voleibol de alto nível. Será um grande desafio", analisou o treinador.

Os outros confrontos do dia serão entre França e Estados Unidos pelo Grupo O, Sérvia e Argentina pelo P, e Espanha e Bulgária pelo Q.

O Brasil enfrenta a Alemanha na quarta-feira.

Ingressos - Além de vaiar, virar as costas para a quadra e levantar cartazes de protesto, o público que compareceu ao ginásio em Ancona para acompanhar Brasil e Bulgária na segunda fase foi até as bilheterias e pediu de volta os 40 euros (cerca de R$ 95 reais) pagos pelos ingressos. A atitude, no entanto, foi em vão, pois já não havia ninguém no local.