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Santo André revela dificuldades para fazer contratações

Ausência no calendário nacional no segundo semestre e ida tardia ao mercado atrapalham negociações do clube na montagem ao Paulistão

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
26/12/2019 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O time do Santo André está em recesso para as festas de fim de ano, mas diretoria e comissão técnica seguem atentos ao mercado para fechar o elenco. Mais quatro ou cinco jogadores ainda devem chegar para o treinador Paulo Roberto, se juntando aos 17 contratados e outros remanescentes, e a expectativa é que todos se apresentem no dia 2, véspera da viagem para a pré-temporada em Jacutinga, cidade no Sul de Minas Gerais.

Entretanto, o Ramalhão vem encontrando muitas dificuldades para conseguir fechar negócio com os atletas. Apesar de estar de volta à elite do Campeonato Paulista, principal estadual do País, e também disputar a Copa do Brasil, a equipe andreense não tem uma competição de nível nacional a partir de maio (quando começam as Séries A, B, C e D do Brasileiro). Assim, os atletas acabam atraídos por propostas de contratos que abrangem toda a temporada, mesmo que de times de outras regiões do País.

Além disso, o início do trabalho do técnico junto à diretoria para debate sobre os reforços acabou sendo tardio. Resultado: ainda mais complicadores que diminuem o poder de sedução no mercado. “Time que não tem calendário no segundo semestre a nível nacional e que deixa para montar (o elenco) em novembro, que foi quando começamos a contratar, encontra muita dificuldade”, declarou o técnico Paulo Roberto, que explicou qual era seu planejamento inicial, similar ao que realizou e, outros clubes nos últimos anos.

“Nossa ideia era ter começado a formatar o elenco em setembro, mas devido a algumas situações não conseguimos fazer isso, deixamos para sair (ao mercado) em novembro, quando está todo mundo no mercado e tem (a concorrência de) equipes com calendário melhor, que têm segundo semestre com campeonato brasileiro”, declarou. “Até mesmo a Série D agora (em novo formato) vai ser interessante, porque vai se estender mais e o clube acaba tendo como fechar contrato de um ano. Então tivemos de entrar no leilão e a dificuldade para montar, que encontramos, é muito grande. Porque você negociava, estava quase fechando e chega proposta de contrato de um ano e o atleta dá preferência”, completou.

O comandante ramalhino ficou duas semanas ausente do dia a dia por ter ido à sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para tirar a Licença A, uma das formações exigidas para trabalhar no futebol nacional. Enquanto esteve fora, Alan Dotti esteve à frente os trabalhos. Paulo Roberto retornou a Santo André no fim de semana passado, a tempo de dirigir a equipe nos dois jogos treinos realizados até agora: vitórias por 7 a 0 sobre a equipe sub-20 do próprio clube; e 1 a 0 sobre o EC São Bernardo. “Começamos a implementar forma de atuar e a fazer variações para poder definir equipe para a estreia (dia 22 de janeiro, contra a Ponte Preta, em Campinas). Estamos satisfeito com a aceitação do grupo ao trabalho do dia a dia”, celebrou o técnico.

Durante a pré-temporada em Minas Gerais o Ramalhão deverá realizar três jogos treinos “para tirar conclusão melhor do estágio da equipe”, disse o treinador, feliz com a oportunidade de levar todo o grupo para o regime de concentração, com todas as condições de trabalho. “Serão 20 dias de controle total sobre os atletas, com estrutura necessária para se trabalhar”, concluiu. 




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