O setor financeiro da Prefeitura de Ribeirão Pires está, de acordo com o prefeito da cidade, Adler Kiko Teixeira (PSB), um caos. Até agora, o município está com R$ 102 milhões de dívidas contabilizadas e mais de R$ 50 milhões em restos a pagar antigos, além dos precatórios, dando um total de R$ 152 milhões de dividendos deixados pelo ex-prefeito Saulo Benevides (PMDB).

A nova administração pretende renegociar todas as dívidas. Além disso, todos os contratos de Ribeirão Pires vão ser auditados, ou seja, será checado se houve, de fato, alguma prestação de serviço para a cidade, além de como e onde os materiais e serviços foram utilizados.

“A Prefeitura, em si, (está) abandonada. A gente tem que resgatar a autoestima do povo de Ribeirão Pires e (devemos) agir com muita prudência para executar nosso plano de redução de gastos e pôr a cidade em ordem”, ressaltou Kiko.

Após tudo isso, a ideia do governo é colocar em prática uma reforma administrativa. Dentre as medidas desta reforma estão: estrutura mais moderna e eficiente de gestão e enxugamento da máquina pública.

Depois de assumir a função, em 1º de janeiro, Kiko exonerou todos os funcionários comissionados de Saulo. Todas as funções gratificadas já foram cortadas, horas extras também foram extintas. O funcionalismo público terá banco de horas na gestão do socialista.

No domingo, Saulo afirmou, ao Diário, que havia deixado recursos em caixa da repatriação de verba do Exterior e dinheiro da Educação. Ele não precisou quanto havia de dívidas de seu governo e reclamou que a crise econômica afetou diretamente as contas de sua administração.