Política Titulo Novos governos
Vice terá papel de maior atuação nas futuras gestões
Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/12/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Os prefeitos eleitos no Grande ABC deram sinais formais, a partir do anúncio oficial do secretariado, que os ocupantes do cargo de vice no mandato 2017-2020, em sua maioria, devem exercer função de maior força política em comparação com os atuais detentores do posto. Há confirmação, até agora, de que em pelo menos quatro cidades o número dois vai desempenhar papel de destaque no alto escalão do novo governo. Apenas nos municípios de Mauá, após troca do nome do companheiro de chapa, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não foram divulgados o espaço na futura administração.

Em São Bernardo, o chefe do Executivo eleito, Orlando Morando (PSDB), nomeará o vereador Marcelo Lima (SD) na Secretaria de Serviços Urbanos. Atual detentor do cargo, o músico Frank Aguiar (PRB), escolhido por Luiz Marinho (PT) para acompanhá-lo nas duas eleições, chegou a chefiar a Pasta de Cultura, mas por pouco tempo. O republicano cumpriu, em parte significativa dos dois mandatos, somente função de expectativa, embora, principalmente no primeiro pleito, tenha sido considerado importante na vitória do petista, então desconhecido na cidade.

“É conjunto de fatores. O Marcelo Lima se empenhou muito na campanha, mostrou capacidade de diálogo com a sociedade, foi leal ao projeto e a mim, angariando esse espaço. Política é confiança, lealdade, por isso a escolha para comandar Pasta importante, responsável pela zeladoria do município”, pontuou Morando.

Na vizinha Santo André, o prefeito eleito Paulo Serra (PSDB) indicou o também vereador Luiz Zacarias (PTB) para a Secretaria de Manutenção e Vias Públicas, atividade ligada às demandas por ele na Câmara e uma das mais expressivas da gestão. O petebista lançou-se no início do ano como prefeiturável, porém recuou para compor com o tucano. “Ele tem mandato bem avaliado, voltado a essa área (de manutenção da cidade), de fiscalização. Tem experiência política, identidade com o trabalho e terá respaldo para atuação, além de participação nas decisões do governo. Estamos formando grupo”, alegou Paulo. Atual vice, Oswana Fameli (PMB), na Pasta de Desenvolvimento Econômico, ganhou poucos holofotes nos projetos.

Em São Caetano, o prefeito eleito, José Auricchio Júnior (PSDB), ratificou o parlamentar e vice Beto Vidoski, presidente do tucanato local, para liderar Esportes, diferentemente do ocorrido com a atual número dois, Lucia Dal’Mas (PRTB), que, sem participação efetiva, rachou com o grupo e, inclusive, foi adversária do pleito de outubro. Reeleito, Lauro Michels (PV), de Diadema, definiu Márcio da Farmácia (PV), seu potencial indicado à sucessão, para a chefia de Gabinete. Antes, no começo do governo, a vice Silvana Guarnieri (PSB), trocada para o pleito, exercia a Pasta de Assistência Social e Cidadania. Rompeu, só que reatou, mesmo sem espaço.

Alaíde Damo (PMDB), vice eleita na chapa de Atila Jacomussi (PSB), não deve ter posto no primeiro escalão. A ex-primeira-dama entrou na dobrada em substituição ao genro José Carlos Orosco Júnior (PMDB), que enfrentou impasse para deferimento de sua candidatura. Com o êxito nas urnas, o peemedebista já foi divulgado como novo secretário de Obras. Em Ribeirão e Rio Grande, os vice eleitos Gabriel Roncon (PTB) e Marilza de Oliveira (PSD), respectivamente, também estão, por enquanto, fora do secretariado. O petebista tende a fazer articulação com a Câmara, podendo ser em outros escalões, e a pessedista é trabalhada, nos bastidores, para ser a sucessora no cargo.  




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