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Caminhão atropela 37 em procissão em Sergipe e mata 17
02/12/2003 | 00:49
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Dezessete pessoas morreram, sete delas crianças, e 22 ficaram feridas num grave acidente ocorrido domingo (30), por volta das 18h30, na rodovia estadual Antipas Costa, na altura do povoado Bandoleira, em Arauá - a 99 quilômetros de Aracaju. Elas foram atropeladas pelo caminhão de placas HZL-0553 quando participavam da procissão de Nossa Senhora da Conceição.

Temendo acidentes na rodovia, que é estreita e não tem acostamento ou iluminação, o padre José Alves, pároco da igreja local, havia recomendado aos fiéis que não fizessem a procissão. O mato cresce nas margens da rodovia, dificultando ainda mais a visibilidade nas curvas.

O acidente aconteceu a cerca de seis quilômetros de Arauá. A informação é de que 100 devotos participavam do cortejo, iniciado às 17h15. Quando aconteceu o acidente os fiéis já estavam a dois quilômetros da capela, no povoado Bolandeira. Os sobreviventes contaram que estavam rezando, quando surgiu o caminhão na descida de uma ladeira.

Para socorrer as vítimas e remover os corpos, motoristas usaram os faróis dos veículos. Quinze pessoas morreram no local: Thiara Ferreira de Souza, 15 anos, Jorge Souza Dias, 24, Mirele de Jesus Santos, 10, Luzinete de Andrade Santos, Maria Cosme dos Santos, 23, Josefa Barros Rocha, 63, Constância Francisca de Jesus, 73, David Michael Santana, 14, Franciele Andrade Santos Ramos, 5, Lúcia Andrade Santos, 29, Rosimere Neves dos Santos, 45, e os filhos Adenilton, 9, Adriana, 14, e Edileuza Neves dos Santos, 12. Um corpo ainda não foi identificado.

Mônica Rocha da Conceição, 12 anos, e Daniella Francisca de Oliveira, 22, morreram logo após darem entrada no Hospital João Alves Filho, em Aracaju. Muitos cadáveres foram mutilados. Entre os mortos há uma mulher grávida de sete meses que teve o rosto desfigurado.

No ano passado, durante essa mesma procissão, aconteceu um acidente e, por sorte, ninguém morreu. Por isso o padre José Alves reuniu os fiéis para pedir a suspensão do ato religioso em 2003. "Recomendei aos devotos que não realizassem a procissão, por considerar a rodovia perigosa", disse o padre. Mesmo assim os fiéis decidiram sair em procissão.




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