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Veículos fazem indústria bater recorde
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/12/2007 | 07:00
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A produção industrial brasileira alcançou recorde de crescimento em outubro, por conta principalmente do forte desempenho dos setores de veículos e de máquinas e equipamentos.

No mês passado, a indústria nacional em relação a 12 meses antes, registrou alta de 10,3%, marca mais elevada por esse comparativo desde agosto de 2004, de acordo com pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada ontem.

E frente a setembro, houve expansão de 2,8%, que foi a maior variação mensal desde setembro de 2004 (quando ficou em 4,6%).

O crescimento expressivo se deveu a fatores como as boas condições de crédito, o crescimento do investimento e o aumento de renda da população, que estimularam o mercado interno. Além disso, há o impulso das exportações de commodities (produtos com cotação internacional como minério de ferro e petróleo).

A economista da coordenação de Indústria do IBGE Denise Cordovil salienta que, na comparação com outubro do ano passado, houve ainda a influência do fator calendário – um dia útil a mais. “Mas esse não é o principal fator e sim o aumento da demanda”, disse.

Os dados atestam a recuperação da atividade industrial, na avaliação do economista-chefe do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), Edgar Pereira.

Entre os segmentos que se destacaram, a área de veículos cresceu 26,1% em relação ao mesmo mês de 2006 e eletrodomésticos, 13,9%, e na área de máquinas e equipamentos, a produção de máquinas para energia elétrica, por exemplo, teve expansão de 52,6%, e equipamentos para transporte, 30,1%.

ACUMULADO

Com o bom resultado no mês, no período de janeiro a outubro a produção industrial registrou alta de 5,9%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador passou de 4,8% em setembro para 5,3%.

Pereira mostra otimismo quanto aos resultados do fechamento deste ano e também no que se refere às projeções para 2008.

O economista avalia que a alta estimada de 5,5% para a atividade em 2007 pode se repetir no ano que vem. Reflexos da desaceleração da economia americana sobre a Ásia, atualmente a mola propulsora do mundo, só devem se fazer sentir após 2009.



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