Chefe do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV) não irá tentar reverter na Câmara a derrota sofrida para a bancada de oposição, que emplacou 38 modificações ao Orçamento de 2016. O prefeito poderia elaborar matéria pedindo veto às emendas aprovadas e reencaminhar ao Legislativo para votação. No entanto, já informou a integrantes do primeiro escalão de que não vai recorrer para evitar desgaste.

A proposta descreve investimentos de aproximadamente R$ 1,2 bilhão ao município no ano que vem e foi aprovada por unanimidade.

Na quinta-feira, os oposicionistas, liderados pelo PT, reuniram 11 dos 20 votos possíveis e modificaram o texto original. Presidente da Casa, o governista José Dourado (PSDB) é impedido de voto.

As alterações à matéria foram elaboradas pelos petistas Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (com 13 dispositivos), Josa Queiroz (11), e Lílian Cabrera (oito). Vaguinho do Conselho, do PRB, inseriu outras seis modificações à matéria. “Ele sabe que se tentar esse caminho vai arranhar ainda mais a imagem desse governo”, alfinetou Josa. “É importante ressaltar que as alterações foram criadas porque havia brechas”, discorreu Vaguinho.

Momentos antes da votação, a base governista nutria esperança em desbancar os oposicionistas, apostando em instabilidade da bancada do PRB. Os vereadores Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes não têm alinhado diálogo com Vaguinho e demais integrantes da oposição. Em recente votação, contrariaram orientação da bancada e se uniram ao bloco governista.

“Tínhamos a esperança no Yoshio e no Pastor João, mas eles decidiram depois ficar com o PT e o Vaguinho. Acho que o prefeito não deve realmente elaborar veto e enviar à Câmara. Cabe explicar para a população sobre o oportunismo que determinados vereadores vêm se utilizando. É pura política”, observou o líder de governo na Casa, Atevaldo Leitão (PSDB).

Desde a debandada do PRB do arco de aliados, em julho, Lauro sofreu seguidas derrotas no Legislativo. Uma das mais emblemáticas foi a liberação de verba para a realização de Carnaval. O verde era contra, mas viu o Legislativo aprovar. Na sequência enviou veto à matéria e foi novamente superado.