Política Titulo Bloco independente
G-9 tenta contornar crise com nomeação de Hitoshi

Bloco independente em S.Bernardo se reúne para aparar arestas após Marinho criar turbulência

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
29/07/2015 | 07:00
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Reprodução/Facebook


Emboscado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que convidou Hitoshi Hyodo (PTB) para assumir comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico com claro objetivo de desarticulação, o G-9 – bloco de parlamentares independentes – tenta iniciar hoje diálogo para contornar crise e permanecer unido pelo menos até o pleito.

O grupo estremeceu relacionamento na semana passada após Marinho confirmar o ingresso de Hitoshi no primeiro escalão da administração, mudança que será oficializada amanhã, em evento no Paço. O petebista substituirá Jefferson José da Conceição.

Parte da ala viu participação de Mauro Miaguti (DEM) – ligado a Hitoshi –, na indicação, ferindo acordo interno que previa rejeição em assumir ou indicar pessoas para cargos no governo petista. Miaguti nega participação na nomeação do aliado. Alguns vereadores chegaram a ser sondados, mas rechaçaram possibilidade.

A nomeação de Hitoshi acirrou os ânimos entre Miaguti e Ramon Ramos (PDT), principais articuladores do bloco. Os parlamentares dividiram opiniões de integrantes, versando razões diferentes para o episódio. Diante do impasse, os demais vereadores marcaram encontro para aparar arestas e buscar manutenção da ala.

A despeito do plano de emergência, alguns já dão como certa a ruptura e o cenário político pode ser novamente modificado.<EM>

Criado há três meses após desentendimentos com a bancada do PT, o G-9 era alvo de Marinho, que buscava sua desconstrução. O prefeito chegou a mencionar em algumas oportunidades que o bloco sempre pertenceu ao seu arco de aliados e jamais levou a sério possível projeto de candidatura própria pela concorrência ao Paço no pleito do ano que vem. Grupo cogitou empreitada que poderia ser liderada por Rafael Demarchi (PSD), com Miaguti no posto de vice.

No entanto, comentou-se pelos corredores da Prefeitura, que o chefe do Executivo teria se irritado depois de o bloco retardar trabalhos legislativos em algumas sessões e se posicionar contra o governo em determinadas matérias, como a polêmica discussão em torno do controle de zoonoses. O bloco somente aprovou a matéria, que se arrastou por dois meses, depois de emplacar duas emendas modificativas, o que contrariou bancada governista.


FUTURO
Em relação a Hitoshi, ainda presidente do PTB, seu futuro partidário é especulado em legenda que ficará alocada no arco de alianças do PT, que deverá ter o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli, como candidato a prefeito.

A legenda petebista será comandada, a partir do dia 3, pelo ex-vereador Admir Ferro, que fará trabalho de alinhamento com o PPS, que deve ter o deputado federal Alex Manente como líder de chapa em projeto ao Paço.

Ferro chegou a admitir que pode reeditar dobrada com Alex no ano que vem. Em 2012, o ex-vereador foi o número dois na chapa com o popular-socialista, que acabou derrotada por Marinho. 




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