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PM: violência não muda esquema para Réveillon no Rio
Por Da Agência Brasil
29/12/2006 | 17:15
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O esquema de segurança preparado pelas Polícias Militar e Civil para o Réveillon do Rio de Janeiro não será alterado em decorrência da onda de violência ocorrida durante todo a quinta-feira na cidade. Segundo o comandante geral da PM, coronel Hudson de Aguiar, para garantir a segurança da população na chegada do Ano Novo, será empregado o mesmo esquema do ano passado, com um acréscimo no número de policiais.

"No Réveillon 2007, vamos obedecer ao esquema que foi um sucesso em 2006, quando não tivemos problema algum na área de segurança pública. O que muda é que há um acréscimo no efetivo", disse o coronel Aguiar. Estarão nas ruas 14.234 policiais militares, número 20% superior ao empregado na passagem de 2005 para 2006. O reforço constava do esquema de segurança originalmente planejado pela corporação, antes mesmo de ocorrerem os primeiros ataques à cidade.

O coronel Aguiar afirmou, entretanto, que a população não tem com o que se preocupar neste Réveillon. Ele acredita que, com as medidas adotadas e o reforço no efetivo policial, a paz esteja restabelecida. "Até porque o episódio que houve aqui não tem nada a ver com o que aconteceu em São Paulo", destacou.


Para fazer o patrulhamento, a Polícia Militar vai utilizar 1.307 viaturas, 370 motos, dois helicópteros, duas lanchas e dez reboques. Os batalhões especiais da PM, como o de Policiamento em Áreas Turísticas e o de Choque, também estarão envolvidos na patrulha.


O esquema inclui também 32 torres de observação nos bairros de Copacabana, Leme, Ipanema e Leblon, que, segundo o coronel Aguiar, irão proporcionar aos policiais militares uma visão privilegiada e auxiliar na prevenção de crimes. Alguns pontos da cidade, considerados estratégicos, como as linhas Vermelha e Amarela, a Avenida Brasil, estações de metrô, terminais rodoviários e a Central do Brasil, receberão reforço no policiamento.


A partir de amanhã (30), comunidades populares, como o Morro Dona Marta, Vigário Geral, Chapéu Mangueira e Complexo da Maré, serão ocupadas pela Polícia Militar. Algumas comunidades, como Pavão-Pavãozinho, Cantagalo e Morro do Estado, não sofrerão intervenções diferenciadas, porque já contam com o trabalho de grupamentos de policiamento em áreas especiais. As ocupações no Vidigal e na Rocinha serão mantidas.


Desde ontem, às 18 horas, 80 viaturas da Polícia Civil estão auxiliando o trabalho da PM. "As viaturas estão posicionadas nas áreas mais problemáticas. Nessas áreas, tem que ter realmente uma aplicação mais efetiva de nossos policiais militares", justificou o comandante da PM.


Na passagem do ano, a Polícia Civil contará com 6.500 homens a mais do que seu efetivo ordinário, para reforçar o policiamento nas delegacias e carceragens. O chefe da Polícia Civil, Ricardo Hallack, disse que não medirá esforços para garantir a segurança da população. "Vamos fazer o possível e o impossível para garantir. É nosso dever e é um direito da população. Vamos exercer esse dever para que a população possa exercer seu direito de se divertir e confraternizar numa festa bonita como a nossa."


O esquema de segurança prevê reforços também para as unidades policiais que mantêm presos sob custódia da região metropolitana, Baixada Fluminense e interior do estado. Além disso, os locais onde haverá queima de fogos serão fiscalizados pela Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos, que contará com um efetivo 50% superior ao ordinário. A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) dará suporte às bases da Polinter e vai efetuar, com apoio do esquadrão antibomba, fiscalização preventiva nos bairros de Copacabana, Leme, Ipanema, Leblon, Flamengo, Barra da Tijuca e Recreio, com o objetivo de apreender explosivos e outros artefatos pirotécnicos não autorizados.


O chefe da Polícia Civil informou que o serviço de inteligência também participará da operação de Ano Novo.




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