Um episódio importante da história do Parque Alfredo Klinkert Júnior (Guapituba), no passado uma vistosa área verde particular que depois foi desapropriada pela Prefeitura de Mauá, teve seu desfecho na manhã de segunda-feira, quando dois oficiais de Justiça acompanhados de funcionários da Seplama (Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente) foram ao local acompanhar o despejo das famílias de antigos caseiros que moravam em casas da área verde.

Três famílias tiveram que retirar todos os móveis e objetos das casas construídas quando o parque era propriedade do alemão Klinkert Júnior. A prefeitura cedeu caminhões para o carregamento. O processo de reintegração de posse foi aberto pela administração municipal no início de 2004, quase uma década após a área ter se tornado pública. A sentença favorável ao município foi dada no em agosto último.

Das três casas que foram desocupadas, duas ficam próximas à entrada da avenida Capitão João, uma das vias principais de Mauá. Em uma dessas moradias, vivia Lucilene da Silva Gomes. “Consegui um lugar para deixar as coisas, mas não tenho onde morar”, disse.

Amélia Alcebina dos Santos, 72 anos, e o filho Eliézer dos Santos, moradores de outra casa, deixaram a residência ainda no domingo: “Minha mãe está arrasada”, contou Eliézer. Ambos irão morar na casa de um parente. A última moradia desocupada foi a de Guiomar Américo do Nascimento. A casa fica do outro lado do parque, perto da rua Vitório Veneto.

Em nota oficial, a prefeitura informou que não oferecerá qualquer beneficio às famílias. A Secretaria de Habitação afirmou que há um ano ofereceu bolsa-aluguel às famílias, mas todos os moradores recusaram o benefício.