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Após seis anos, Ciesp e Agência do ABC voltam a firmar parceria

Ingresso dos escritórios regionais deverá dinamizar setor industrial; cota da mensalidade será dividida

Por Soraia Abreu Pedrozo
Emerson Coelho
25/06/2009 | 07:00
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Após quase seis anos sem integrar a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, as quatro diretorias regionais do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) anunciaram ontem que voltarão a compor a entidade.

Elas alegam que não participavam da Agência em virtude de suas precárias conquistas para o empresariado local. Dentro desse raciocínio, não havia disposição para arcar com uma mensalidade.

A decisão foi anunciada ontem durante almoço em Santo André entre o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, os prefeitos da região, representantes do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e da Agência.

A partir de agora, a cota de R$ 2.000 mensais será dividida entre as quatro unidades do Depar (Departamento de Ação Regional) no Grande ABC, parte que será subsidiada pela Fiesp.

Segundo o prefeito de Rio Grande da Serra, Kiko Adler Teixeira, também diretor da instituição, de quatro anos para cá a Agência ficou mais atuante, dirigida por Silvio Minciotti e posteriormente por Fausto Cestari. "Os APL's (Arranjos Produtivos Locais) de metal mecânico, plástico e as incubadoras se aprimoraram. Hoje, a Agência possui uma importante atuação na região, e os Ciesps sentem que as expectativas correspondem."

FINANÇAS - "Não dispúnhamos de R$ 500 para pagar a mensalidade e também não concordávamos com o espírito pusilânime da Agência. As regionais de São Bernardo e Diadema tinham mais condições, mas nós e Santo André não. Então não havia acordo", justificou William Pesinato, diretor do Ciesp de São Caetano.

Agora, com a entrada do Depar, o valor cairá para R$ 250 por Ciesp. Só existe uma cadeira para o representante das indústrias, que será ocupada por Shotoku Yamamoto, diretor do Ciesp de Santo André. Seu suplente será o diretor do Depar de Santo André, Antonio Carlos Henriques.

"Buscávamos há muito tempo maior participação da indústria na Agência e isso foi conquistado hoje (ontem)", vibrou Fausto Cestari, hoje vice-diretor do Consórcio. Na avaliação de José Auricchio Júnior, prefeito de São Caetano e diretor do Consórcio, "a reunião com a Fiesp representou um avanço para a região que, por meio da Agência, agora conta com o apoio da entidade".

Fiesp será porta-voz na tentativa de reduzir ICMS do plástico

No encontro de ontem, empresários e políticos apresentaram ao presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, a necessidade de o setor de plásticos ser desonerado em sua terceira geração - que é a ponta do segmento, em que se fabrica o produto final.

O diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André, Shotoku Yamamoto, levantou a questão de que em alguns Estados brasileiros o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) embutido nos produtos é inferior a 18%. a reivindicação é para que essa alíquota caia a 12% em São Paulo. "Desse jeito, as pequenas e médias empresas regionais são prejudicadas ao concorrerem com as de outros Estados."

Skaf, por sua vez, disse que há dois anos a questão é discutida. "Se a meta de arrecadação não é atingida, as empresas beneficiadas precisam repor o dinheiro desonerado. Agora, em meio à crise, o faturamento cai e você ainda precisa devolver o que deixou de ser recolhido? Isso não está certo", afirmou. O presidente da entidade levará a reivindicação, mais uma vez, ao governador do Estado, José Serra.

William Pesinato, do Ciesp São Caetano, lembrou que "uma parte do ICMS, em torno de 3,5%, volta à cidade onde a empresa está, ou seja, dá tranquilamente para se pagar um imposto menor".




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