Passados dois meses da previsão de início da reforma na EE Ovídio Pires de Campos, no bairro Cidade São Jorge, em Santo André, pais de alunos cobram as melhorias prometidas pelo Estado. A escola foi palco de acidente envolvendo estudante de 14 anos, atingido por uma das vigas de concreto da quadra de esportes. O jovem sofreu duas fraturas no fêmur e teve o intestino perfurado.

A estimativa era que os trabalhos de melhoria começassem em junho e fossem concluídos em 240 dias, o que não ocorreu. A primeira reportagem do Diário sobre os problemas foi publicada em abril. Na época, foram denunciadas más condições da unidade, como salas e banheiros interditados, além da facilidade com que estudantes e moradores do entorno entravam na quadra de esportes, que está interditada, para jogar bola.

O retorno das aulas ocorreu no dia 1º. Desde então, aumenta a preocupação das mães. A comerciante Joidele Silva, 49, destaca que a filha de 14 anos só estuda na unidade porque não há outra opção. "Ela já pediu para que eu a mude de escola, mas tenho que esperar o fim do ano letivo."

No caso da dona de casa Maria Aparecida de Almeida, 49, ver a instituição de ensino onde estudou nesse estado causa tristeza. "Temos carinho pelo Ovídio, minha família toda passou por lá", diz.

O Estado informou que, a partir de segunda-feira, será colocado alambrado, feita adequação de passagem para o refeitório dos alunos e execução de novo muro de divisa junto à lateral da quadra de esporte.

A unidade passará por reforma geral, que inclui sanitários, substituição dos portões, telhas e luminárias, até reestruturação da cozinha - investimento de R$ 1,7 milhão.