Setecidades Titulo Habitação
Região tem 524 casas com
necessidade de remoção

Consórcio quer que Estado pague bolsa aluguel
para tirar famílias de áreas de risco ambiental

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
05/11/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O Grande ABC possui 524 imóveis em situação de risco extremo, com necessidade de remoção imediata dos moradores. A informação foi apresentada ontem pelo Consórcio Intermunicipal após reunião entre os sete prefeitos. O levantamento é resultado preliminar do mapeamento feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) em toda a região.

A pesquisa mostra que nas sete cidades existem 2.228 residências em risco, incluindo as 524 em periculosidade máxima. Para a remoção preventiva, o Consórcio solicitou ajuda financeira ao governo estadual. A entidade espera que o Estado pague bolsa aluguel para todos os moradores nessa situação.

“O governador (Geraldo Alckmin, do PSDB) não respondeu (no encontro com os sete prefeitos ocorrido no mês passado) sobre essa questão. Vamos solicitar reunião emergencial, principalmente com representantes da Habitação e Defesa Civil, para ver se conseguimos dar sequência a essa demanda”, disse o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

A estimativa é de que o Palácio dos Bandeirantes tenha de disponibilizar cerca de R$ 10,5 milhões ao ano com o pagamento do auxílio para 2.228 famílias. O benefício seria repassado até que os munícipes sejam atendidos com unidades habitacionais que estão em fase de construção ou contratação.

Caso a verba não seja liberada, Marinho afirmou que cada prefeito terá de buscar solução de forma isolada. “A recomendação é para que cada cidade discuta com suas equipes e busque dar passos no sentido de providenciar a remoção independente da ajuda do Estado. Cada município tem de olhar o tamanho de sua demanda e ver as dificuldades.”

Santo André possui a maior parte dos imóveis em perigo extremo, com 220 residências, seguida por Rio Grande da Serra (146), Mauá (63), Diadema (40), Ribeirão Pires (37) e São Bernardo (18).

“Nossa equipe também vem mapeando as áreas. Temos programa habitacional bastante audacioso em curso. Claro que, enquanto as moradias não ficam prontas, precisamos tomar medidas emergenciais, como identificação e plano de desocupação”, afirmou o prefeito andreense, Carlos Grana (PT).

O chefe do Executivo disse que iria se reunir com a Defesa Civil do município para saber quais são os locais mais críticos e que ações podem ser executadas. Ele culpou a gestão anterior pelo alto número de famílias em áreas de risco.

 

UFABC pede linha para ligar campi

Os sete prefeitos receberam ontem solicitação da UFABC (Universidade Federal do ABC) para a criação de uma linha de ônibus intermunicipal que faça a ligação entre os campi São Bernardo e Santo André da instituição. A intenção é facilitar o deslocamento dos estudantes entre as unidades.

“A solicitação será estudada. Pedimos pesquisa sobre a demanda para saber quantas viagens serão feitas e em quais horários. A partir desse estudo, vamos analisar se precisamos resolver domesticamente ou se será necessário demandar uma linha intermunicipal”, disse o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT).

A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) informou que só será possível fazer análise para viabilidade de implementação do serviço quando receber a solicitação oficialmente, o que ainda não foi feito.

O pró-reitor de Pesquisa da UFABC, Klaus Capelle, disse que o levantamento de demanda deve ser apresentado no início de 2014. “Não existe um prazo fixo, mas temos condições de fazer isso em poucos meses. A solicitação foi muito bem-vista pelos prefeitos.”

 

A unidade de Santo André fica localizada na Avenida dos Estados, 5.001, bairro Bangu, e a de São Bernardo na Rua Arcturus, 3, Jardim Antares. A distância entre os dois campi é de aproximadamente oito quilômetros.




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