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PSDB descarta saia justa com Paulo Pinheiro

Tucanos duvidam que prefeito de S.Caetano dê apoio a petistas em 2014; compromisso é com o PMDB

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
20/06/2013 | 07:00
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Apesar de o prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), ter garantido que fará campanha eleitoral para o PMDB e seus aliados, o PSDB da cidade duvida que o peemedebista vá carregar a bandeira do PT na eleição do ano que vem, quando deve ser reproduzida a chapa de reeleição com a presidente Dilma Rousseff (PT) com seu vice, Michel Temer (PMDB).

Com a postura do chefe do Executivo, os tucanos são-caetanenses, que fazem parte do governo, ficariam em situação de saia justa, já que o partido terá candidaturas antagônicas ao projeto de Pinheiro. Na disputa pelo governo do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) terá pela frente um concorrente do PMDB. Já o pleito nacional terá o senador Aécio Neves (PSDB) assumindo postura de oposição a petistas e peemedebistas.

A tese dos tucanos é embasada no histórico de derrotas do PT em São Caetano, legenda que nunca governou o Palácio da Cerâmica e pela primeira vez não está postada na oposição. “São Caetano tem tradição de muito tempo quanto a rejeição do PT. Não vejo apoio do prefeito sendo incisivo ao PT”, afirmou o único vereador tucano na cidade, Beto Vidoski.

O presidente municipal do PSDB, Moacyr Rodrigues, adotou tom mais ameno sobre a postura de Pinheiro no pleito de 2014. “É algo possível que ocorra. Acho que é uma possibilidade. Embora o próprio PT dê a sustentação ao governo Paulo Pinheiro, nos mesmo termos”, comentou Rodrigues.

Vidoski tem aval para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa no ano que vem, o que potencializa o mal estar com o prefeito. O vereador disputará votos diretos com o postulante a deputado estadual indicado pelo Paço. Pinheiro já garantiu que só apoiará empreitadas do PMDB. “Com o prefeito nós temos um bom convívio, não tenho do que reclamar. Mas partidariamente não foi conversado nada”, recuou o tucano.

A dupla do PSDB classifica a situação como “normal”, usando argumentos populares na política sobre a dinâmica de coligações partidárias. “São Caetano é uma cidade atípica em que a população não vota em partidos, mas sim em pessoas”, definiu Vidoski. Já o mandatário local utilizou de exemplo o vasto arco de alianças do governo federal. “Tem muitos partidos que vão contrariar a presidente Dilma durante as eleições estaduais. Isso é normal.”

Essa situação também tem sido explorada pelo vereador petista Pio Mielo (PT), que alimenta o caso destacando a contratação do rival político de Pinheiro, o ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB), para o cargo de secretário de Esporte, Lazer e Juventude na gestão de Alckmin. “O Auricchio está no governo pela cota do PTB, somente por isso.

Faz 20 anos que essa Pasta é administrada pelo PTB. A fala do Pio foi infeliz, ele é que precisa explicar o Mensalão, que foi denunciado, inclusive, por um (ex) deputado (federal Roberto Jefferson) do partido do Auricchio”, reclamou Vidoski.

O mandatário local também ressaltou a cota petebista para justificar a presença do ex-prefeito na gestão tucana.




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