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Governo de Santo André irá resgatar debate de revisão da PGV

Prefeitura inclui proposta como um dos itens do plano de metas para ampliar investimento público

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/06/2021 | 00:57
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Divulgação


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), irá retomar a discussão em torno da vigência de revisão da PGV (Planta Genérica de Valores), base de cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A gestão tucana apontou a proposta entre os itens destacados no plano de metas – oficializado no começo desta semana – com vistas a aumentar o investimento público do município. Apesar da menção sobre previsão de implantação dos tópicos da lista até 2024, a administração não estabelece um cronograma específico para adotar a medida.

A atualização da PGV aparece no rol de projetos arquitetados pelo governo dentro do plano de metas, conjunto de ações para entrar em operação durante o mandato do tucano. No pacote, que trata de aprimorar a arrecadação, o Paço elenca, além de implementação da nova planta, com readequação do IPTU, fazer a modernização tecnológica das áreas ligadas à receita, melhorar as execuções fiscais, revisão do sistema elaborado para cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviços), reedição do programa de Refis (parcelamento de débitos com a Fazenda) em decorrência dos efeitos da pandemia e reforçar atuação da câmara de conciliação para precatórios.

A gestão tucana estima no contexto da concretização deste pacote elevar em 20% o investimento público per capita médio em relação ao período entre 2017 e 2020, intervalo do primeiro mandato. No documento, sob levantamento da Secretaria de Finanças, gerida por Edson Salvo Melo (PSDB), o Paço assinala que a média de receita total – de recursos próprios com tributos municipais – nos últimos quatro anos foi de R$ 1,654 bilhão. O município arrecadou em 2019 o valor de R$ 298 milhões com IPTU, enquanto registrou em 2020 a quantia de R$ 303,5 milhões com o imposto.

A última reforma implantada da PGV se deu em 2004. Baseado na desatualização, o governo emplacou revisão no primeiro semestre de 2017, ação que provocou distorções nas cobranças de IPTU do exercício seguinte, mesmo com a criação de teto limitador, que variava de 50% (residências) a 70% para indústrias e 80% no caso de terrenos. A situação gerou forte repercussão negativa, incluindo manifestações populares nas ruas. O Paço recuou da medida já no começo de 2018. Desde então tem suspendido os efeitos da legislação.

O governo confirmou que os “estudos analíticos e de impacto devem ser realizados neste ano”. Ponderou, contudo, que a atualização da PGV “é tarefa que não se realiza sem amplo debate com a sociedade e profunda pactuação com o Legislativo”. “E este debate tem, obrigatoriamente, que ter os dados, informações e todas as análises para a tomada correta de decisão. É fundamental corrigir as distorções da PGV do município. Ser justo é um princípio básico da gestão. Mais do que tudo a PGV deve refletir o valor real da cidade”, pontuou a Prefeitura, em nota, ao frisar que audiências públicas serão “etapas essenciais do processo”.

O Paço reiterou que a atual PGV precisará de correções. “No entanto, só os estudos técnicos permitirão a tomada de decisão de qual caminho deve ser seguido. Para uma PGV que reflita fielmente o valor real da cidade será necessária nova propositura legislativa”, emendou. 




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