Levantamento da Ouvidoria da Polícia de São Paulo aponta que o 40º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de São Bernardo ocupa o oitavo lugar no ranking de letalidade  do Estado, com 11 mortes entre janeiro e novembro deste ano. Benedito Mariano, ouvidor da PM (Polícia Militar), avalia que a tendência é a de que 2019 encerre com alta de pelo menos 10% em comparação a 2018.

"A avaliação preliminar mostra que já foram 697 pessoas mortas em ações policiais (em todo Estado). No ano passado, no mesmo período, foram 686, indicando uma curva ascendente da letalidade", explicou Mariano. Segundo ele, é necessário centralizar as investigações no órgão de expertise, a Corregedoria, já que apenas 3% dos casos são apurados e investigados por este meio. "Os demais inquéritos são investigados pelo próprio batalhão de origem do PM (Policial Militar). Precisamos que o inquérito siga, automaticamente, para a Corregedoria."

O comandante da PM na região, o coronel Renato Nery Machado observou que o número se deu em razão do aumento das operações no decorrer de 2019. "Durante todo o ano, a atuação ostensiva foi mais intensa, tivemos, em média, três operações por semana. Isso resultou em aumento dos confrontos iniciados pelos marginais, principalmente em casos de roubo", assinalou.

Os demais batalhões do Grande ABC não constam no levantemento parcial, uma vez que não possuem números "significativos". Conforme Mariano, estudo completo de 2019, incluindo as Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), será divulgado em janeiro.

Em todo Estado, o 2º Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia) de Santos foi o de maior letalidade, com 27 ocorrências. Em seguida, o 28º BPM (Jardim Nossa Senhora do Carmo) teve 17 vítimas e o 48º BPM (Cidade de Sumaré), 16.