Política Titulo MAUÁ
Com Atila preso, quadros de Leonel já são cotados

Reuniões no escritório do ex-prefeito de Mauá e na empresa de sobrinho indicam conversas sobre formação de novo governo

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
20/05/2018 | 07:00
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Com a manutenção, por ora, da prisão do prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), começaram as apostas internas sobre a possibilidade de a vice e atual prefeita interina Alaíde Damo (MDB), mulher do ex-prefeito Leonel Damo (sem partido), assumir definitivamente o Paço mauaense. Nesse contexto, figuras próximas do ex-prefeito já estão sendo cotadas na formação de um eventual novo governo. Curiosamente, são políticos que ocuparam postos estratégicos na última gestão de Leonel Damo (2005-2008).

Pelo menos dois nomes da tropa de choque do ex-prefeito já são especulados para compor um novo secretariado: o de Wilson Carlos de Campos, o Xoxa, e o de Antônio Carlos Lima (PRTB), sobrinho do ex-prefeito e da prefeita em exercício de Mauá. Esse último atuou, mais recentemente, na gestão de Saulo Benevides (MDB), na vizinha Ribeirão Pires, entre 2013 e 2016. O primeiro voltaria a ocupar a Chefia de Gabinete, enquanto, o outro, a Pasta de Governo.

Ao menos por enquanto as movimentações, segundo apurou o Diário, têm ocorrido de forma cautelosa e não estão sendo lideradas necessariamente pelo próprio patriarca da família Damo. Muitas dessas conversas teriam sido realizadas, fora do horário comercial, na Lara, empresa que pertence a Wagner Damo, sobrinho de Leonel. Outras discussões acerca de possível retorno do clã Damo ao comando do Paço mauaense também ocorrem no próprio escritório do ex-prefeito, na região central da cidade.

Oficialmente, Alaíde rechaça qualquer possibilidade de troca imediata no secretariado. Porém, na terça-feira, dia em que a emedebista assumiu o Paço, Leonel conversou com jornalistas em seu QG. Questionado sobre a possibilidade de a mulher fazer as próprias escolhas no primeiro escalão, o ex-prefeito foi taxativo. “É lógico (que haverá trocas). Quando você assume a Prefeitura, você tem uma ideia. É difícil bater com a ideia do prefeito que saiu. A ideia da Alaíde (é uma). O Atila tinha a dele”, admitiu.

Em entrevista concedida no portão de casa, na tarde de quinta-feira, tanto Alaíde quanto a filha, Vanessa Damo (MDB), ex-deputada estadual e atual secretária de Relações Institucionais – foi prefeiturável em 2012 –, deixaram evidente que há interesse em mudar os quadros, mas não tão cedo. “É prematuro ainda”, disse Vanessa.

No Legislativo também não é diferente. O Diário apurou que, embora a maioria massacrante dos vereadores tenha passado recibo de lealdade a Atila ao, na sessão de terça-feira, rejeitar a aceitação do impeachment do prefeito, parlamentares da própria base aliada do atual governo estão em compasso de espera para, se necessário, começar a dar sustentação a Alaíde Damo em eventual queda de braço pelo comando da Prefeitura.




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