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Sete UBSs serão fechadas a partir de hoje
Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
01/08/2017 | 07:00
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 O fechamento de sete equipamentos de Saúde de Santo André para obras de modernização, a partir de hoje, afetará diretamente ao menos 1.820 munícipes. A preocupação, porém, é que com o remanejamento destas pessoas – antes atendidas nas unidades que ficarão fechadas por longos períodos – a rede registre sobrecarga e entre em colapso. A Prefeitura nega, argumentando já ter estudado o fluxo nas unidades às quais os munícipes serão encaminhados.

“Os funcionários que trabalham nas unidades em reforma serão realocados nesses equipamentos próximos para que não haja sobrecarga e nem tumultos”, informou a administração, em nota.

Embora o poder público tenha anunciado que os locais seriam fechados somente a partir de hoje, os munícipes já encontraram algumas portas fechadas desde ontem. A dona de casa Damaris Alves da Silva, 51 anos, foi à UBS (Unidade Básica de Saúde) Parque das Nações pegar exame à mãe e se surpreendeu com o local sem serviço. Ela é cética quanto aos remanejamentos. “Acho que as outras unidades não darão conta da demanda. Vai ficar super lotado”, acredita. Segundo o Executivo, “a administração aproveitou o dia 31 de julho para fazer alinhamentos e ajustes”, visando que hoje “houvesse menos intercorrências para os usuários”.

Outro equipamento que passará por reforma é a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Santo André, cuja média diária é de 260 atendimentos. Até a modernização ser entregue, em setembro de 2018, a orientação é que os pacientes se dirijam ao PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita. “Tenho uma filha de 9 anos que sofre crise de bronquite. A UPA faz internação, o que fazer quando nossas crianças precisarem ser internadas?”, questiona a dona de casa Rosilene Duarte Mendes, 39. “Além do que, o PA da Vila Luzita é lotado o tempo todo”, acrescenta.

Segundo a Prefeitura, caso a equipe médica do PA Vila Luzita avalie a necessidade de internação de algum paciente será solicitada vaga para o CHM (Centro Hospitalar Municipal) – a transferência será feita de ambulância.

Embora a administração tenha anunciado no lançamento do projeto Qualisaúde, responsável pelas reformas, que algumas unidades seriam concluídas a partir do primeiro semestre de 2018, a primeira delas – Parque Novo Oratório – tem prazo de conclusão apenas para agosto do próximo ano. Outras unidades a serem fechadas para reforma são Vila Humaitá (entrega em outubro de 2018), bairro Campestre (janeiro de 2019), Bom Pastor (novembro de 2018), Parque das Nações (outubro de 2018), Centro de Especialidades III (dezembro de 2018). Sobre esta última, a técnica de segurança do trabalho Adriana Araújo, 45, criticou o governo. “Fecharam uma unidade que foi entregue há apenas dois anos? Não precisava ser fechada e muito menos de reforma.”




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