COB esperava ficar entre os dez primeiros no
quadro de medalhas, mas País termina em 13º
O Brasil encerrou a participação nos Jogos Olímpicos com o melhor desempenho da história. Se não conseguiu atingir a meta estabelecida pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), que era ficar entre os dez primeiros no quadro de medalhas, ao menos superou os números de pódios obtidos em Londres-2012 (19 contra 17) e de ouros de Atenas-2004 (sete contra cinco).
Faltaram só dois títulos para que a meta fosse atingida. A Austrália, décima colocada, conquistou um ouro a mais que o Brasil (oito contra sete), porém foi superior em pratas (11 contra seis). No fim, a 13ª colocação no quadro de medalhas superou a 16ª de Atenas-2004.
Foram vários os brasileiros que entraram na Olimpíada como favoritos e saíram sem medalha. Os resultados mais surpreendentes negativamente foram no vôlei feminino de praia (Larissa/Talita) e de quadra, Sarah Menezes, Érika Miranda e Maíra Aguiar no judô, Robert Scheidt, na vela, a dupla Bruno Soares/Marcelo Melo, no tênis. Além disso, o futebol e handebol feminino e a saltadora Fabiana Murer tinham ótimas chances de subir ao pódio.
Do outro lado, o Brasil também colecionou medalhas que não eram esperadas. Caso do ouro do saltador Thiago Braz, e dos bronzes de Athur Nory, na ginástica artística, e Maicon Siqueira, no taekwondo.
Duas razões foram decisivas para o bom desempenho do Brasil no Rio. A primeira é o fato de estar em casa, contar com o apoio da torcida, algo que naturalmente motiva qualquer competidor, além de ter tido a maior delegação da história, com 465 atletas. A segunda é o investimento que superou R$ 4 bilhões em estrutura de treinamento, capacitação de profissionais, logística e salários ao longo do caminho até a Rio-2016.
Feliz com o desempenho do Brasil, que foi a 50 finais contra 36 em Londres, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, disse que os investimentos vão continuar no próximo ciclo olímpico. “Vamos manter o Bolsa Atleta e buscar mecanismos para que o Bolsa Pódio seja mais eficiente. É preciso que o esporte seja visto como política pública necessária para o desenvolvimento do País”, disse.
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