Humor circense, questionamentos existenciais e dança marcam as atividades no Grande ABC do Palco Giratório 2009, evento de difusão das artes cênicas que o Sesc promove desde o início do ano em diversas regiões do País. A etapa paulista, que conta com 16 espetáculos e 35 apresentações, começa no sábado e prossegue até 31 de agosto. Na região, três cidades participam da iniciativa: São Caetano, Santo André e Mauá.

No dia 6, às 20h, ocorre a apresentação do espetáculo "Inventário - Aquilo que Seria Esquecido se a Gente não Contasse", no Teatro Santos Dumont, em São Caetano. Produzida pelo grupo carioca Roda Gigante, a peça reconstitui momentos comoventes vividos por quatro palhaços durante trabalhos em hospitais do Rio de Janeiro. A entrada é franca.

SANTO ANDRÉ - No teatro da unidade andreense, a programação será aberta dia 7, às 21h, com o espetáculo de dança "O Nome Científico da Formiga", dos coreógrafos Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira. "O espetáculo fala de liberdade, de você fazer o que quer. Trabalhamos com a metalinguagem e projeções de imagens de ícones das artes como Gene Kelly e Charles Chaplin", explica Ana.

No dia 12, no mesmo horário, o público poderá conferir "A Noite dos Palhaços Mudos", da paulistana Companhia LaMínima. Adaptação de história em quadrinhos produzida pelo cartunista Laerte, em 1987, a peça utiliza as desventuras de dupla de palhaços para abordar tema sério e atual: a intolerância.

Durante a trama, dirigida por Alvaro Assad, organização secreta abomina os clowns e arranca o nariz de plástico de um deles. "Não fazemos menção direta a organizações direitistas que a seita representa, como na versão original. A oposição aos palhaços é feita por instituições que consideramos que herdaram o lugar desse pensamento intolerante, como as grandes corporações", afirma o ator Domingos Montagner, que divide o palco com Fernando Sampaio e William Amaral.

MAUÁ - No dia 20, às 15h, o Museu Barão de Mauá abriga "Hysteria", do Grupo XIX de Teatro. A peça, com entrada gratuita, narra conflitos de mulheres internadas como histéricas em hospício, no século 19.