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Plano regional de redução de riscos fica para 2014
Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
03/07/2012 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Os sete prefeitos da região aprovaram ontem a destinação de R$ 680 mil do orçamento do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para a elaboração de plano de redução de riscos, que será feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). O mapeamento, no entanto, só deverá ficar pronto para o verão de 2014.

O estudo será para as cidades de Santo André, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. São Bernardo já possui o balanço, enquanto as prefeituras de Diadema e Mauá estão produzindo o levantamento.

O presidente do Consórcio e chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), explica que, apesar do sinal verde, a efetivação da contratação ainda depende de análises orçamentárias. "Por ser o último ano de mandato de parte dos prefeitos, não queremos deixar restos a pagar para as próximas gestões." A decisão final só deverá ser tomada depois do segundo turno das eleições, em novembro. Após a contratação, o plano demora cerca de um ano para ser concluído.

"A intenção é que todos os municípios tenham níveis idênticos de informação sobre suas áreas, o que facilita a execução de ações preventivas", acrescenta Kiko.

O secretário executivo do Consórcio, João Ricardo Guimarães Caetano, explica que a atual proposta foi reduzida em relação ao que foi solicitado ao Estado no início do ano. "Havíamos proposto um contrato de R$ 3,6 milhões para a execução de plano semelhante, mas nunca tivemos resposta. Decidimos que não dá para esperar e, então, resolvemos atuar por conta própria", informa.

Segundo Caetano, a proposta anterior previa a elaboração do plano nos sete municípios, além de ações de orientação para as defesas civis e núcleos comunitários. O secretário executivo salienta que, caso o Consórcio receba retorno do Estado, a verba será remanejada para outras ações na área de prevenção de riscos.

Grande ABC recebe verba para sincronização de semáforos

O Grande ABC irá receber verba de R$ 490 mil para a sincronização de semáforos nas divisas entre os sete municípios. O repasse será feito por meio de emenda ao orçamento de autoria do deputado federal José de Filippi Júnior (PT-SP). O Consórcio dará contrapartida no valor de R$ 40 mil. O objetivo é garantir mais fluidez viária nos corredores de ligação entre as cidades.

O secretário executivo da entidade, João Ricardo Guimarães Caetano, explica que o montante será investido em estudos e implantação de mudanças nos semáforos. "Antes de efetuar a alteração na operação, é preciso avaliar os locais com maior necessidade e adequar os tempos de cada um." Não foi dado prazo para que o projeto saia do papel.

O repasse será feito ao Consórcio para a elaboração dos estudos. Após a identificação das ações necessárias, as prefeituras receberão da entidade a verba necessária para a operação.

PLANO DE MOBILIDADE

Na sexta-feira, a página do Consórcio na internet começou a receber sugestões da população para a elaboração do Plano de Mobilidade Regional, contratado por meio de convênio entre a entidade e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. O estudo tem o objetivo de elaborar soluções para reduzir os engarrafamentos na região. A previsão é que o plano seja concluído em seis meses. O investimento total foi de aproximadamente R$ 1 milhão.

Também na sexta-feira, foi realizada reunião com representantes do setor produtivo. Segundo o secretário executivo do Consórcio, os empresários apresentaram preocupações sobre a possibilidade de restringir a circulação de cargas na região. "Caso haja realmente a restrição, eles exigem a criação de rotas alternativas."

Discussão sobre restrição a caminhões está parada

A proposta de restringir a circulação de caminhões em toda a Grande São Paulo está parada desde o mês passado. Para o dia 5 de junho estava marcada reunião entre os 39 municípios da Região Metropolitana. O encontro seria em São Bernardo e iria definir o modelo e o horário para o transporte de cargas na metrópole, mas foi cancelado pela Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano.

Segundo o presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), não foram informados os motivos do adiamento, e também não foi definida nova data. 
Em abril, o Consórcio recuou da ideia de restringir a circulação de caminhões nos horários de pico na região. A proibição atingiria avenidas como Piraporinha, Pereira Barreto, Goiás, Perimetral, entre outras. "Não há como pensar em restrição sem incluir a Capital", avalia Kiko.

Atualmente, a única cidade que regula o transporte de cargas é Diadema, onde os caminhões têm horário definido para trafegar nas vias dos bairros Eldorado e Centro.




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