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Ramalhão sofre virada e evidencia estrutura precária da equipe de base

Time começa bem, mas perde da Portuguesa um dia depois de treinar em campo de terra

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
05/01/2019 | 07:00
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O Santo André perdeu da Portuguesa por 3 a 1, de virado, ontem, na estreia das equipes na Copa São Paulo. Mas o que chamou atenção foi a estrutura do Ramalhão, campeão da competição em 2003.

A equipe se deslocou ao Estádio do Canindé, em São Paulo, com ônibus cedido pela Prefeitura e normalmente utilizado para levar crianças das escolas municipais à Sabina Escola Parque do Conhecimento, similar ao usado no transporte público. Além disso, na véspera do jogo, o time treinou em campo de terra, no Humaitá.

Não é possível medir qual a interferência dessa falta de estrutura no resultado do duelo, mas o fato é que o time caiu de produção no segundo tempo.

No início, a equipe parecia superior à Portuguesa. Mesmo fora de casa, se impôs e chegava com facilidade à meta adversária. Precisava apenas ajustar a pontaria. Foi o que ocorreu aos 31 minutos, quando o atacante Vitor Carvalho, um dos poucos que estiveram no grupo da Copa Paulista, acertou o ângulo e abriu o placar.

Além da vitória parcial, o time mostrava bons jogadores, como o volante Gustavo Santana, que tomou conta do meio, e o meia-atacante Will, dono de dribles curtos desconcertantes. Vitor Carvalho cumpria bem o papel de pivô.

Todo o bom trabalho do primeiro tempo sucumbiu na etapa final. Com um minuto, o goleiro Cleber tentou cortar cruzamento e a bola ficou viva na área até Marques empatar.

Com apoio da torcida, a Lusa foi para o ataque, mesmo desordenada. Deixava espaços que o Santo André não soube aproveitar. E virou em outro cruzamento na área. Aos 31, Cleber outra vez não conseguiu cortar e Nairton marcou. Logo depois, aos 38, o mesmo Nairton, livre, fez o terceiro, após falta cobrada na área.

Visivelmente chateado, o técnico Fernando da Silva sentiu o revés. “Maior culpa da derrota é minha. Sou treinador, não mágico. Erramos também. Procurei ajustar para manter o gás, mas não deram certo as substituições”, lamentou, antes de evidenciar a falta de estrutura. “Não gosto de trabalhar com desculpas. A Portuguesa foi melhor nas tomadas de decisões, mas não temos campo para treinar. Ontem (quinta-feira) trabalhamos em campo de terra, na véspera da partida no Canindé. Isso faz toda diferença. Mas agora é esfriar a cabeça”, aconselhou.

Sem alternativa, o time treinou quinta-feira no campo do Humaitá, time da várzea. A partir de hoje o grupo vai trabalhar no gramado da Nakata, em Diadema, local de treinos da equipe profissional, que está fazendo pré-temporada em Jacutinga-MG (leia abaixo).
Com o revés, o Santo André ocupa a lanterna do Grupo 32 e na segunda rodada, segunda-feira, às 19h30, enfrenta o Paraná, que ontem perdeu do Volta Redonda, por 1 a 0. 




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