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Trabalhadores do setor de TI entram em greve na sexta

Assembleia aprova paralisação, para pressionar empresas a melhorar proposta de reajuste salarial

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
16/02/2014 | 05:05
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Divulgação


Os trabalhadores do ramo de TI (Tecnologia de Informação) no Estado de São Paulo aprovaram, ontem em assembleia, a greve da categoria, a partir desta sexta-feira. Cerca de 800 profissionais participaram da reunião, na Capital, que decidiu pela paralisação.

Depois de cinco rodadas de negociação da campanha salarial com os representantes dos empresários, em que não se chegou a um acordo, o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) chamou os trabalhadores para que decidissem se iriam cruzar os braços, como forma de pressionar as empresas a melhorarem o índice de reajuste.

A última proposta apresentada pelo patronato foi de aumento de 6,5%, mais obrigatoriedade de apresentação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para empresas com mais de dez funcionários, vale-refeição apenas para as com mais de 35 empregados e elevação dos pisos em 7%. Por sua vez, a categoria reivindica índice de 8,8% de alta nos salários e de 10,3% nos pisos, e vale-refeição e PLR para todo o segmento.

Segundo o presidente do Sindpd, Antonio Neto, será seguida a lei de greve, que estabelece que o sindicato deve publicar anúncio em jornal de grande circulação para informar as empresas envolvidas com serviços de TI. Após 72 horas da publicação, deve ter início a paralisação.

Em todo o Estado, são cerca de 100 mil trabalhadores, em 7.800 companhias. Destas, há 400 a 600, que geram em torno de 15 mil empregos, no Grande ABC.

Leite afirma que o Sindpd está observando rigorosamente todos os requisitos legais para a decretação da greve e, durante a paralisação, haverá contingentes mínimos, de 20% a 30% de pessoas, em atividades essenciais, como hospitais e segmentos de água, luz e na compensação bancária.

O dirigente acrescenta que algumas empresas já sinalizaram a intenção de conversar diretamente com a entidade dos trabalhadores e que aguarda que os representantes do setor patronal volte a buscar o diálogo. “Cabe a eles nos procurar”, disse. O sindicato ainda avalia se entrará com pedido de dissídio coletivo antes ou depois do início das paralisações. Segundo Leite, a Justiça tem concedido reajuste salarial maior do que os patrões estão oferecendo.

COPA DO MUNDO

A greve poderá afetar a implementação de infraestrutura tecnológica e de monitoramento e segurança nos estádios, incluindo a Arena Corinthians, o que prejudicaria a realização da Copa do Mundo, observa o presidente do Sindpd.
 




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