Diadema vende a gasolina mais barata do Estado de São Paulo, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), realizada entre os dias 19 e 25 de março em 122 municípios. Mesmo considerado muito elevado pelos consumidores, o preço médio do combustível em Diadema é R$ 2,389 – 3,5% mais barato que o produto comercializado na Capital (R$ 2,472), que ficou na 19ªcolocação na sondagem.

Na classificação geral, todas as cidades do Grande ABC, exceto Rio Grande da Serra, estão entre os 25 municípios do Estado onde o litro da gasolina está mais em conta. Mauá, com o preço médio de R$ 2,418, ficou em quarto lugar. Em São Caetano do Sul – 25º lugar (R$ 2,482) – o consumidor encontra a gasolina mais cara da região. São Bernardo é o 11º (R$ 2,45), Santo André o 13º (R$ 2,454) e Ribeirão Pires, o 24º (R$ 2,48).

Apesar dos preços detectados pela ANP, o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABC) e também motoristas ouvidos quarta-feira pelo Diário, destacam que o consumidor pode – e deve – desconfiar sempre de preços baixos.

Manoel Fernandes, responsável pelo posto Mont Blanc de Diadema, listado entre os mais baratos do Estado – onde o preço de custo da gasolina é de R$ 2,130 –, defende a baixa margem de lucro para conquistar a confiança do público. “O preço baixo é um atrativo para quem ainda não conhece o nosso estabelecimento, que está em funcionamento há nove meses”, diz.

O parâmetro para cotar os preços, acrescenta, está na concorrência. “Nós acompanhamos os preços da região. Sempre jogamos um centavo a menos que o posto mais barato das redondezas”, explica.

Fernandes, no entanto, afirma que esse preço é uma estratégia inicial para ganhar clientes. “Hoje nós reduzimos nossa margem de lucro para vender mais. No futuro, certamente, procuraremos equilibrar os preços com os do mercado.”

Por outro lado, Cleonice Ferreira, encarregada de Recursos Humanos do Posto Portal ABC, em São Caetano, um dos mais caros da região, afirma que é impossível reduzir o preço de R$ 2,599 do litro da gasolina, uma vez que a certificação de qualidade gera muitas despesas.

“Temos 100% de garantia da Petrobras porque compramos direto do distribuidor. Isso aumenta muito o preço do produto”, justifica Cleonice, que acusa, sem citar nomes, muitos postos com preços baixos de adulterar os combustíveis. O preço de custo da gasolina é de R$ 2,234.