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Justiça manda Ribeirão tirar animais do CCZ

Prefeito afirmou que aumentará oferta de castração e buscará novo espaço para os pets

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
13/02/2020 | 00:01
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Reprodução


Por determinação da Justiça, 30 cães que estavam no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Ribeirão Pires, localizado desde a década de 1970 no fim da Rua Catarina Rios Giachelo, próximo do Centro, foram removidos terça-feira pela apresentadora e ativista animal Luisa Mell, que mantém instituto no município e abrigará os pets por tempo indeterminado. A transferência ocorreu após a Prefeitura perder processo movido pela população vizinha do espaço, que reclamava do intenso barulho. 

A ação foi movida em 2014, quando os moradores ganharam em primeira instância. A Prefeitura recorreu, mas perdeu novamente, em decisão divulgada no fim do ano passado, tendo de agir com urgência para desocupação do espaço. 

O prefeito da cidade, Adler Kiko Teixeira (PSB), agradeceu nas redes sociais a parceria com o Instituto Luisa Mell e prometeu aumentar o número de castração municipal, como contrapartida pela ajuda da ativista. “Na minha gestão (desde 2017) realizamos 2.000 castrações. Vamos ampliar esse número, enquanto buscamos novo espaço para abrigar nossos animais”, afirmou Kiko, não informando em que quantidade pretende estender o serviço.

“A Secretaria de Saúde iniciou, em 2017, ações para incentivar a adoção de cães e gatos abrigados pelo CCZ, além de trabalhar para conscientizar a população sobre a posse responsável. Essas e outras medidas, como o programa municipal de castração canina e felina gratuita, têm por objetivo reduzir o número de animais abandonados nas ruas, garantir o bem-estar dos bichos, bem como atender à legislação de zoonoses vigente”, explicou Juliana Antunes, gerente de Vigilância à Saúde da Prefeitura. 

Segundo funcionários da administração muncipal, há animais que estão no local há mais de 16 anos, já que a taxa de adoção da cidade é baixa. O Paço de Ribeirão afirmou que todos os animais transferidos são vacinados e castrados, e continuarão disponíveis para adoção no Instituto Luisa Mell.

“Temos histórias antigas, como a do Lobinho, que chegou filhote ao CCZ, há 16 anos. São, em grande parte, casos de abandono, alguns deles deixados em caixas e lixeiras. Todos os animais abrigados pela Prefeitura recebem as vacinas, são vermifugados, castrados e microchipados. Recebem boa alimentação e toda a medicação que precisam, fornecidos pela Prefeitura”, explicou Marcela Santos, uma das veterinárias do CCZ de Ribeirão Pires.

Como alternativa à decisão da Justiça, a Prefeitura buscou apoio do Instituto Luisa Mell, que abrigará, temporariamente, os animais. De acordo com a administração municipal, os cães terão acompanhamento da equipe do instituto e da Prefeitura, que “seguirá trabalhando em ações de incentivo à posse responsável dos animais”. Em nota, o Paço informou ainda que, paralelamente, o município segue atuando para viabilizar a implantação de nova sede para o Canil Municipal, em área adequada à atividade e com infraestrutura necessária ao atendimento dos animais.

O município informou que manterá os serviços realizados gratuitamente aos moradores na sede do Centro de Controle de Zoonoses. No local, além da realização das cirurgias do programa de castração canina e felina, as equipes irão manter ações de controle e combate às arboviroses, investigação de casos de mordedura de animais, entre outras atividades que seguem a legislação vigente. 




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