O superávit primário do setor público consolidado (União, Estados, municípios e estatais) caiu de 4,45% para 4,28% do PIB (Produto Interno Bruto) no acumulado em 12 meses. Com isso, o resultado está bem próximo da meta de 4,25% do governo para este ano.
O saldo, que representa a economia do governo para pagar juros, ficou em R$ 4,575 bilhões em setembro, uma queda de 65% sobre agosto (R$ 13,118 bilhões). Em setembro de 2005, o saldo havia sido de R$ 7,570 bilhões.
A queda foi causada pelo déficit de R$ 8,567 bilhões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), devido ao pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário a aposentados e pensionistas. Em razão disso, o superávit do governo central foi de apenas R$ 65 milhões.
Estados e municípios contribuíram com R$ 1,994 bilhão, enquanto as estatais foram responsáveis por R$ 2,516 bilhões.
No acumulado do ano, o superávit do setor público soma R$ 80,526 bilhões. Com isso, a economia do governo para pagar juros equivale a 5,29% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o Banco Central, o resultado de setembro está longe de cobrir as despesas com juros da dívida, que somaram R$ 10,9 bilhões. No ano, o desembolso com juros chega a R$ 121,6 bilhões, o que equivale a 7,99% do PIB. O déficit até agora é, portanto, de R$ 41,1 bilhões.