No último dia 20, uma ação coordenada por criminosos de dentro e fora do presídio possibilitou a fuga de 23 detentos por meio de um túnel com cerca de 5 metros de extensão, que ligava uma das celas à saída do esgoto no estacionamento onde ficam os carros da polícia. Enquanto os presos fugiam, por volta das 2h30, um grupo que se escondia no mesmo terreno, na rua Princesa Leopoldina, trocava tiros com policiais. Eles aguardavam os detentos em dois carros, onde fugiram.

A ação desta quinta aconteceu no mesmo horário e, segundo o chefe da Cadeia Pública, Marcelo Pereira Cardoso, tudo leva a crer que o plano dos criminosos era promover um novo resgate. “Os policiais perceberam uma movimentação estranha e quando saíram foram recebidos com tiros. Como a iluminação estava prejudicada, não foi possível saber quantos eram (os atiradores) e se estavam com carros.”

De acordo com Cardoso, o terreno com obras abandonadas tem facilitado a ação de bandidos e prejudicado a segurança do presídio. “Não há como colocar policiais para vigiar o terreno, que acabou se tornando um suporte para a fuga de criminosos.” Ele informou que a direção da cadeia já pediu à administração municipal para notificar o proprietário.

O prédio enfrenta ainda o problema da superlotação. Hoje possui 270 detentos, sendo que tem capacidade para abrigar 60. A fuga ocorrida no dia 20 foi a segunda do ano na unidade. Em janeiro, 11 presos escaparam depois de explodirem com dinamite a parede externa da cadeia.