Setecidades Titulo No futebol
Trave cai durante jogo e
mata garoto em Sto.André

Acidente aconteceu em campo de várzea na Vila Humaitá;
menino chegou a ser socorrido pelo Águia, mas não resistiu

Andressa Dantas
Especial para o Diário
17/11/2012 | 07:00
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A queda de uma trave em campo de futebol de várzea na Vila Humaitá, em Santo André, causou a morte do estudante Fabio Henrique Tilly Bezerra, 12 anos. O acidente ocorreu na tarde de quinta-feira, durante um jogo de futebol de várzea no Campo Distrital de Futebol Salvador dos Santos. O garoto foi atendido pela emergência e o helicóptero Águia 17, da Polícia Militar, chegou a pousar no campo com equipe médica de apoio, mas ele não resistiu.

De acordo com testemunhas, Fabio estava jogando com outras crianças quando um garoto que não fazia parte dos times entrou no campo e pediu para participar da brincadeira.

Enquanto aguardava sua vez, o menino, que não foi identificado, pendurou-se em uma das traves móveis utilizadas para os treinos. A trave, que não estava presa, caiu sobre Fabio. Com a movimentação para atender o estudante, o outro garoto foi embora do local.

"Foi tudo muito triste. Estava a caminho de casa quando minha esposa me ligou avisando do acidente. Corri de volta para tentar ajudar o menino e a família. Meu filho era amigo do Fabio, jogavam sempre juntos. Não tinha o que fazer, ele morreu na hora. A equipe do resgate disse que só tentou reanimá-lo porque sempre há uma esperança", lamentou o vizinho José Carlos Lima, 49.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, o diretor do time, Luiz Carlos Leguri, disse que a manutenção do campo é de responsabilidade da Prefeitura. A equipe do Diário procurou o diretor do time e a administração para saber sobre as condições do local, mas ambos não se manifestaram.

O velório do garoto começou na noite de quinta e o enterro foi ontem pela manhã. Os pais da vítima, Fabio Siqueira Bezerra e Cristina Bonder Tilly Bezerra, estão muito abalados e, de acordo com vizinhos próximos, foram medicados com calmantes e não quiseram conversar.

"O Fabio era um menino tão bom, sempre estava disposto a ajudar quem precisasse, um garoto muito educado. Foi uma tragédia e assim que os pais estiverem em condições, irão atrás de respostas. Isso não pode ficar assim", afirmou Maria da Graça Assunção, 62, vizinha da família.

Pais de outras crianças disseram que as traves móveis costumam ficar amarradas quando não há treino, mas informaram que na tarde de quinta-feira estavam sem nenhuma proteção.




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