A uma semana da definição das eleições deste ano, outro pleito já pauta as Câmaras do Grande ABC: a eleição da nova Mesa Diretora. Embora a nova composição (presidente, vice-presidente, primeiro e segundo secretário) só assuma em janeiro do ano que vem, as movimentações já começaram nos bastidores, inclusive para possíveis reeleições.
Legislativos que não prevêem a possibilidade, incluiram o debate sobre o tema. E é justamente a chance de a reeleição tornar-se presente nas Câmaras que tem causado polêmica, principalmente em duas Casas da região: Diadema e São Caetano.
Na semana passada, os vereadores de Diadema rejeitaram a proposta de reeleição, encabeçada pelo líder de governo Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT). Contrário à idéia do colega, Laércio Soares (PCdoB) não poupou críticas à iniciativa. “Em um momento que no Brasil está se discutindo o fim da reeleição, Diadema que sempre está à frente está querendo regredir”, acredita. A proposta deve ser apreciada em mais duas sessões da Câmara.
Já em São Caetano, o projeto do presidente da Casa, Paulo Bottura (PTB), foi aprovado na última sessão com apenas três votos contrários. Um deles foi do vereador Horácio Neto (Psol). “Acho que é mais democrático haver alternância de vereadores e dar mais chances para que outros colegas assumam. Evita a perpetuação do poder”, justifica.
Também foram contrários Moacyr Rodrigues (PMDB) e Paulo Pinheiro (PTB). Comenta-se que eles estão dispostos a ocupar a cadeira.
Na Câmara de Santo André, onde não é permitida a reeleição, há uma movimentação da bancada de sustentação, formada por 12 parlamentares. Enquanto o governo pretende indicar um petista para o cargo, alguns defendem que o sucessor de Luiz Zacarias (PL), atual presidente, deva ser da sustentação, mas não do PT. Os nomes mais cotados para assumir o cargo são de José Araujo (PMDB), Paulinho Serra (PSDB) e Heleni de Paiva (PT).
No caso de São Bernardo, onde também é proibida a reeleição, a campanha já começou há mais de um mês. Estão no páreo Pastor Ivanildo (PSB), Juarez Tudo Azul (sem partido) e José Walter Tavares (PL).
Em Mauá, a bancada de oposição briga para escolher apenas um candidato para a disputa. É que o bloco do PT se movimenta para apresentar um nome – ainda não definido – e, os demais, encabeçados pelo presidente Diniz Lopes (PL), querem um candidato suprapartidário. “Queremos o (Alberto Justino-PSB) Betão para presidente”, conta Diniz. Entretanto, Betão afirma que Silvar Silveira (PMDB) e Pastor Ozelito (PSB) também estão dispostos a ocupar o cargo.
O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PV), afirma que passará “o bastão”, embora na Casa seja permitida a reeleição. Segundo ele, estão dispostos a disputar o líder de governo, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PDT), José Nelson (PDT) e Gil Hamada (PTB). Já em Rio Grande da Serra, o presidente, Roberto de Paula Breyer, o Betinho (PSDB), admite que tentará a reeleição.
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