O tráfico de drogas mantém nos morros e favelas do Rio um sistema de entrepostos para distribuição de armas e munições contrabandeadas. A logística do tráfico teria movimentado cerca de 400 peças - fuzis automáticos, pistolas, granadas e foguetes, além de explosivos e munição.

Os serviços de inteligência militar apuraram ao longo da Operação Asfixia - de 12 dias para recuperar armamento roubado do quartel da Central de Transportes do Comando Militar do Leste - que o equipamento pesado chega às gangues por meio de conexões da máfia chinesa estabelecidas no Paraguai e no Suriname.

Segundo oficiais do setor de informações, essa situação implicará esquema de pronta resposta para entrar nas áreas sob controle do tráfico no Rio, em ações pontuais de apreensão de armas e munições de uso exclusivo das Forças Armadas. Essa é uma atribuição legal dos comandos militares regionais.

Do ponto de vista das metas de inteligência, a ocupação de nove comunidades, há duas semanas, foi um sucesso. As linhas de atualização permanente de dados já produziram resultados.

Um militar da área revelou à reportagem que a rápida apreensão, segunda-feira, na Favela do Dique, de documentos e celulares encontrados na casa de um dos envolvidos no roubo de armas foi facilitada pelos contatos estabelecidos por agentes de campo nos últimos 15 dias.