Os guardas municipais do Grande ABC lançaram neste fim de semana o movimento MVG (Movimento de Valorização dos Guardas), com o objetivo de unificar a categoria para a reivindicação de soluções de problemas comuns entre a classe. Na região, somente Rio Grande da Serra não possui Guarda Municipal.

As principais reivindicaçëos dos guardas são a obtenção de seguro de vida, reposição salarial acima da inflação, a implantação de um Centro de Formação Integrada para todas as cidades, melhoria do equipamento de segurança e a instituição de plano de carreira, entre outras quesitos.

Essas propostas fazem parte de uma carta de intenções que será entregue ao presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC William Dib (PSB).

“Basicamente todas as corporações da região possuem os mesmos problemas. Somente com a nossa união vamos conseguir melhorar as condições de trabalho da categoria e, conseqüentemente, a qualidade de serviço prestado à população”, afirmou um dos coordenadores do MVG, Claiton Coutinho, que trabalha em Santo André.

O MVG tem a liderança de nove coordenadores, com representantes de todas as Guardas Municipais do Grande ABC. O efetivo de guardas na região é de aproximadamente 2,5 mil homens.

Além das reivindicações elencadas na carta de intenções, outros problemas que os guardas querem resolver são os conflitos existentes com integrantes do comando da PM e as punições impostas pela cúpula das Guardas Municipais aos guardas que desejam exercer liberdade de expressão, muitas vezes tecendo críticas aos métodos de trabalho. “De modo geral, os guardas não podem questionar nada que já estão sujeitos a todos os tipos de punição, com advertência, afastamento e até demissão. Isso é inadmissível”, afirmou Coutinho.

Para marcar a abertura do movimento, foi realizado evento sábado no anfiteatro do Paço Municipal de Santo André. Compareceram aproximadamente cem guardas. Também houve palestras de especialistas sobre Guardas Municipais, que apoiaram a criação do movimento. Uma das participantes foi a vereadora de Santo André Heleni de Paiva (PT), mestre e professora de pós-graduação em segurança pública. Ela já fez trabalho de especialização versando sobre as Guardas Municipais.

“A corporação é uma instituição antiga que precisa ser respeitada como instrumento de segurança pública. Atualmente, muitas autoridades querem limitar o seu poder”, disse Heleni.