Reestruturar a avenida Portugal, no Jardim Pilar, em Mauá, e devolver ao lugar as características que tinha até o início da década de 90 é o objetivo da Prefeitura, que deu início à primeira fase das obras que prometem impulsionar o comércio voltado ao lazer. A remodelação do trecho entre a avenida Capitão João e a rua 11 de Junho deve ser finalizada até dezembro, com mudanças viárias e novo paisagismo. A administração vai investir R$ 380 mil nesta fase, valor que a Prefeitura considera baixo. Foi escolhida a autarquia Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) como executora do projeto, sem processo de licitação, usual para contratação de empresa para realização de obra pública.

As duas pistas da avenida são divididas por uma faixa com cerca de 20 metros de largura, que atualmente é utilizada como estacionamento, e local que a população usa para caminhadas todas as manhãs, por ser pouco acidentado. “A faixa central vai concentrar o trânsito, para que as calçadas sejam ampliadas”, explica o secretário de Serviços Urbanos, Tácito Andrade. Ele diz que as calçadas – que terão dez metros de largura contra os 1,5 m atuais – serão padronizadas. O calçamento será de piso tátil – adaptado para deficientes visuais – e permeável, para não empoçar água.

O trecho também vai passar por mudanças no paisagismo. Serão feitos serviços de troca de toda a iluminação e de plantio de árvores ornamentais nos primeiros 250 metros a serem remodelados. “O projeto é feito em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O que pretendemos é oferecer nova estrutura para atrair mais gente e impulsionar o comércio. Ou melhor, devolver a característica anterior da Portugal”, diz Tácito Andrade.

Em meados da década de 80, foram realizadas obras de canalização de córrego que dividia as duas pistas. Com isso, foi criada a faixa central, que passou a ser utilizada para a realização de shows e também como sambódromo. Na época, começaram a se instalar na área bares e casas noturnas, que passaram a atrair número significativo de freqüentadores. No entanto, com o aumento da freqüência, passou a ser grande o número de comerciantes informais que faziam concorrência direta aos legalizados, que gradativamente abandonaram a avenida.

A comerciante Cleide Ferreira Marques, 40 anos, proprietária do Restaurante Nosso Canto, espera que com a finalização das obras também possa abrir no período noturno. “Acho interessante a proposta de revitalizar a avenida. Hoje, só ofereço almoço, mas tenho a intenção de abrir também à noite. Espero que essa obra venha a atrair o cliente para a Portugal. A cidade precisa de um ponto de encontro, precisa oferecer vida noturna aos moradores.”

No próximo ano, a Prefeitura pretende revitalizar o trecho da avenida que vai da rua 11 de Junho até a rua Porto Feliz. O projeto está em fase executiva.