Deixando de lado suas preocupaçoes, os investidores americanos saíram em busca de oportunidades depois do mau desempenho da Bolsa na quinta-feira, quando o índice industrial Dow Jones perdeu 3.64% e o Nasdaq, 2.96%.

Por volta do meio-dia desta sexta-feira, o Dow Jones ganhava 143,92 pontos, (+1,43%) a 10.178,50 pontos. O índice Nasdaq da bolsa eletrônica aumentava 124,23 pontos, ou 4,04% a 3.198,91.

O aparente otimismo reinante em Nova York estimulou os investidores na Europa.

Depois de perder mais de 1%, o FTSE index de Londres ganhava 30,3 pontos, a 6.162,2. A meados da tarde o índice Dax da Alemanha havia aumentado 28,89 pontos para alcançar 6.494,12 depois de perder 1% na abertura.

Em Paris, o CAC depois de perder mais de 2%, voltou a se recuperar, fechando em 6.005,27 pontos.

Já a cotaçao do petróleo de referência, em Nova York, para entrega em novembro caiu 86 centavos para situar-se em US$ 35,20 o barril.

Dean Witter, um dos principais operadores de Michael Lyons, descreveu a queda como uma ``reaçao natural'à disparada de quinta-feira.

``A venda em massa de açoes provocou um acúmulo de capital e as pessoas têm que aplicar o dinheiro de alguma forma', disse.

A maioria dos mercados asi ticos sentiu os efeitos dos acontecimentos tumultuados de quinta-feira no Oriente Médio.

Apenas os mercados de Taiwan -apoiado por compras do Governo- Malásia e Filipinas conseguiram permanecer ilesos.

O índice Nikkei-225 do mercado de T¢quio perdeu 220,33 pontos (1,4%) para fechar em 15.330,31, o nível mais baixo desde 9 de março de 1999. ``Existem fortes temores que afetam o mercado, devido à instabilidade no Oriente Médio', disse um dos principais analistas do mercado, Kazue Mayuzumi, da Nikko Securities.

Em Hong Kong, as açoes caíram 2,6%, enquanto que em Sydney baixaram 0,7% e em Cingapura, 0,3%.

Em Nova York, os investidores se inspiraram nos lucros do fabricante de computadores Gateway, que anunciou ganhos de 35% no terceiro trimestre, alentando as compras no setor tecnológico.

Os investidores ignoraram também dois informes governamentais que poderiam ser interpretados como um estímulo aos aumentos das taxas de juros, pelo Federal Reserve.

Os consumidores continuaram gastando em setembro, levando os índices de consumo a varejo a 0,9%, o maior aumento desde fevereiro e muito mais do que era esperado.