Um incêndio destruiu parte do prédio da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Santo André na madrugada desta quinta-feira. O fogo teve início por volta da 0h30, no setor onde funcionava o arquivo de documentos do órgão, e só foi controlado às 2h. A polícia trabalha com a hipótese de ato criminoso, já que o Ciretran da cidade está sendo investigada pela Corregedoria da Polícia Civil por causa do esquema de venda de CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

A vigilância do prédio é feita pela Guarda Civil Municipal, mas o vigilante que deveria estar no local estava de folga e ninguém foi substituí-lo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foi preciso derrubar uma parede, com um trator, para controlar as chamas. O rescaldo terminou por volta das 4h. Ninguém ficou ferido.

Segundo o Bom Dia São Paulo (Rede Globo), o diretor da Ciretran, Augusto Farias, afirmou que estrago foi grande e que o arquivo de cinco anos foi praticamente perdido. De acordo com ele, haviam documentos de registro de veículos, registro de habilitação e expedientes administrativos dentro do local atingido pelo fogo. Farias ressaltou que o edifício estava em condições precárias.

Em março, Farias substituiu Newton Santos da Costa, afastado do cargo por decisão do delegado Nelson Guimarães, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Macro de São Paulo). A Corregedoria da Polícia instaurou um inquérito policial e uma sindicância para investigar a existência de uma rede de fraudes em Santo André. Na denúncia divulgada no início de março, candidatos a motorista diziam que auto-escolas da cidade ofereciam a CNH mediante pagamento de R$ 355. O estabelecimento garantia a emissão do documento mesmo que o aluno fosse reprovado nos exames teórico e prático.