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Mulher muda versão para 'assalto' no Palácio dos Bandeirantes
Por Do Diário OnLine
04/12/2003 | 11:35
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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou nesta quinta-feira que a aposentada Deise Modolin Duarte de Azevedo, 71 anos, mudou a versão para o suposto seqüestro-relâmpago que ela afirmava ter sofrido dentro do Palácio dos Bandeirantes (sede do governo de São Paulo), na manhã da última quarta-feira. Segundo a nova explicação, apresentada num depoimento informal à polícia, ela admitiu que foi vítima de um 'golpe'.

Deise, que já trabalhou para a ex-primeira-dama Lila Covas, registrou queixa no 6º Distrito Policial (Cambuci) alegando que dois homens armados obrigaram-na a retirar dinheiro da conta corrente, no posto bancário do Palácio dos Bandeirantes (Morumbi). Mas a versão inicial da aposentada intrigou os policiais.

Funcionários do Palácio e do banco, que conhecem Deise, contaram que em nenhum momento ela parecia estar sendo coagida. Ela passou vários minutos sozinha com o gerente da agência, mas não mencionou que era vítima de um seqüestro-relâmpago. A aposentada revelou ainda que era acompanhada apenas por um homem – na queixa ao 6º DP, ela relatou que dois supostos assaltantes a acompanhavam. Outro fato contraditório: Deise ligou ao gerente antes de ir à agência para pedir a retirada de R$ 10 mil da conta corrente.

No depoimento informal, Deise explicou que foi vítima de um suposto 'analista de finanças', que prometia aplicar os R$ 10 mil sacados para "obter rendimentos maiores que os praticados no mercado". Depois de pegar o dinheiro da aposentada, o golpista desapareceu.

Intimada a depor novamente, Deise alegou estar abalada emocionalmente e não voltou ao 6º DP. Ela prometeu se apresentar depois de passar alguns dias fora da cidade, para aliviar o "estresse" que diz estar sendo vítima. A aposentada pode ser indiciada por falsa comunicação de crime. O golpista segue foragido.




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