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Incursão militar israelense em Nablus acaba em choques e feridos
Da AFP
25/02/2007 | 12:30
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O exército israelense realizou neste domingo uma nova incursão em Nablus, no norte da Cisjordânia, prendendo 15 pessoas e provocando enfrentamentos com grupos de palestinos que resultaram em seis feridos.

A presidência e o governo palestinos condenaram a operação israelense, advertindo que ela pode minar a já difícil estabilidade na região, e pediram que a comunidade internacional intervenha.

Os militares impuseram toque de recolher e isolaram numerosos edifícios de Nablus, entre eles os hospitais Rafidyeh e El Watani.

Um porta-voz militar israelense explicou que a operação teve como objetivo "descobrir esconderijos de armas e explosivos e deter os responsáveis por atentados contra Israel".

A batida policial porta a porta feita pelos militares israelenses provocou, no entanto, a reação palestina.

"Houve breves tiroteios e nossas forças também utilizaram balas de borracha e granadas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes palestinos, que atacavam com pedras", disse o porta-voz militar.

Seis pessoas ficaram feridas: quatro palestinos, segundo fontes médicas da cidade, e dois soldados israelenses, segundo o porta-voz militar.

A rádio do exército israelense informou que "a ampla operação militar" em Nablus "não tem limite de tempo".

As ruas da localidade permaneciam desertas, com as lojas comerciais do centro da cidade fechadas, assim como as escolas, enquanto os soldados israelenses continuavam com suas batidas, durante as quais fizeram 15 detenções.

No início da incursão, as tropas israelenses distribuíram folhetos que explicavam que a operação tinha como objetivo encontrar nove pessoas procuradas. A nota também foi divulgada pela emissora local palestina.

Segundo fontes militares israelenses, no último ano o exército de Israel descobriu seis centros clandestinos de produção de bombas em Nablus.

A incursão foi condenada pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, que por meio de um comunicado a classificou de "intolerável agressão".

O comunicado advertiu também que a ação israelense poderá "torpedear" o acordo alcançado em 8 de fevereiro, em Meca, entre Abbas e o líder no exílio do Hamas, Jaled Mechaal, para formar um governo palestino de unidade.



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