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Justiça nega liberdade a Valdirene
Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
06/10/2005 | 08:21
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A Justiça negou à ex-secretária de Finanças de Mauá Valdirene Dardin a possibilidade de responder em liberdade ao processo em que é acusada. O TJ (Tribunal de Justiça) indeferiu, na terça-feira à noite, liminar para que a ex-secretária ficasse solta até o julgamento do pedido de habeas-corpus (revogação da prisão). Valdirene está presa na Cadeia Feminina de São Bernardo, acusada de sacar R$ 230 mil da conta da Prefeitura no banco Santander/Banespa entre 2003 e 2004.

O advogado de Valdirene, Leonardo Musumecci Filho, não adiantou detalhes do próximo passo judicial da defesa.

Quarta-feira, pela primeira vez desde sua prisão, na última sexta-feira, a ex-secretária recebeu visitas de familiares. O marido, Paulo Dardin, e um tio levaram roupas e produtos de higiene pessoal. Eles passaram cerca de duas horas com Valdirene, dentro da cela.

Durante a semana, a ex-secretária recebe visitas freqüentes de outro advogado que também atua no processo, Ariovaldo Chacur. Ele é vizinho de parentes de Valdirene e trabalha há anos com a família. Segundo o defensor, a ex-secretária continua esperançosa com relação ao julgamento do pedido de habeas-corpus, previsto para daqui a dois meses. "Ela quer provar a inocência dela, pois não está contemplada com essa denúncia", afirma.

Musumecci acrescenta que Valdirene está "abaladíssima", mas "enfrenta a situação com dignidade". Segundo Chacur, o marido da ex-secretária afirmou não ter condições psicológicas de falar ao Diário, e disse que a encontrou serena, mas ansiosa. A pedido de Musumecci, Paulo Dardin comunicou à Valdirene o indeferimento da liminar revogando a prisão dela.

O único dia de visita de familiares na cadeia de São Bernardo é às quartas-feiras, das 14h às 16h. Segundo o chefe interino da carceragem, João Batista Alves, Valdirene chora bastante. "Pela experiência que nós temos, ela está até mais abatida que o normal", conta. Ele revela que a ex-secretária fez amizade com as colegas de cela e tem se alimentado regularmente.

Quarta-feira, a defesa de Valdirene não quis comentar a abertura de comissão de sindicância, pela prefeitura de Mauá, para apurar o desaparecimento de oito computadores comprados pela administração em 2002 e 2004. Dois deles foram adquiridos para a Secretaria de Finanças à época em que Valdirene ocupava a pasta.




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